O Ministério da Educação (MEC) anunciou, nesta sexta-feira (18), a liberação de 100% do orçamento das universidades e institutos federais previsto para 2019. Em abril deste ano, o órgão havia anunciado o bloqueio de cerca de 30% do valor, o que afetou diretamente, neste município, o Instituto Federal Fluminense (IFF), a Universidade Federal Fluminense (UFF) e a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). A decisão gerou, em maio, manifestação em pelo menos 222 cidades do Brasil, incluindo Campos.
Segundo o ministro da Educação, Abraham Weintraub, o orçamento para o custeio das universidades federais e institutos estão sendo descontingenciados. "Foi feita uma boa gestão. Administramos a crise na boca do caixa. Vamos terminar o ano com tudo rodando bem", acrescentou.
O reitor do Instituto Federal Fluminense comemorou a notícia. “A informação que nós recebemos do Ministério da Educação é que ainda hoje vai haver a liberação de tudo o recurso de custeio. Não temos informação sobre o recurso de investimento. De fato, a nossa preocupação maior era com a de custeio. Isso é uma excelente notícia”, afirmou o reitor. O investimento previsto no orçamento, segundo a reitoria, era de cerca de R$ 2 milhões de reais e, até o momento, 20% deste valor foi libertado.
Em setembro, cerca de R$ 1,99 bilhão de todas as universidades já havia sido desbloqueado. Na ocasião, as unidades afirmaram que a liberação parcial não garantia o funcionamento até o fim do ano. A UFF defendeu, há época, que o descontigenciamento parcial gera imprevisibilidade para a administração dos recursos públicos, prejudicando o planejamento de licitações pela incerteza da disponibilidade orçamentária no decorrer do ano.
O IFF tem 17.471 estudantes, mais de 9 mil em Campos, a outra parte em municípios da região, como São João da Barra e Quissamã. A UFF tem 47.254 alunos, cerca de 3,5 mil deles estudam em Campos. A UFRRJ tem, no total, 18 mil estudantes em todo o estado.
Protesto - Em uma ação coordenada em todos os estados e Distrito Federal, universidades e escolas fizeram paralisações, após a convocação de uma greve de um dia por parte de entidades ligadas a sindicatos, movimentos sociais e estudantis e partidos políticos. Os atos ocorridos em 222 cidades foram pacíficos.