Mudanças para 2020 debatidas
11/10/2019 08:41 - Atualizado em 14/10/2019 14:05
Divulgação - Supcom
O secretário municipal de Educação, Cultura e Esporte, Brand Arenari, e o subsecretário pedagógico, Rafael Damasceno, se reuniram na última quarta-feira (9) com os pedagogos da rede municipal de ensino para debater adequações da Base Nacional Curricular e mudanças para o ano letivo de 2020, como o fim do Bloco Alfabetizador, que impede a reprovação do aluno no 1º e 2º anos de Ensino Fundamental. Também foram propostas o fim da dependência para alunos do 9º ano e o fim da reclassificação por frequência, que torna a retenção por infrequência quase inexistente.
— Queremos uma ruptura com o sistema do bloco alfabetizador, que já provou não ser o método mais adequado. Acreditamos na alfabetização na idade certa, devolvendo ao professor alfabetizador decisivo na alfabetização, que é o, e na força pedagógica do “Não”. Não podemos mais ter crianças que terminam o primeiro segmento de ensino fundamental sem dominar as linguagens básicas necessárias para prosseguir na vida escolar e, muitas vezes, carregam essa deficiência pra vida. Isso é alijar uma geração da integração numa vida em sociedade — explica Brand.
O secretário frisou ainda a importância da relação de diálogo construída com os pedagogos da rede e dos avanços n área. “Este diálogo é um fluxo de ideias necessário, que cria um caminho sólido de planejamento pedagógico. Aumentamos a carga horária de Português e Matemática, criamos a escola integral, acabamos com o sistema de aprovação automática, demos mais autonomia ao professor. Tudo por sabermos que a parte mais importante da educação é a pedagogia. Uma escola precisa de merenda, precisa de reforma, mas o espírito é mais importante que a forma, pois um prédio sozinho não educa ninguém”, destaca.
O sistema de avaliação da rede municipal foi alterado no segundo semestre de 2016. Para não promover uma nova mudança brusca em pouco tempo, quando a nova equipe da secretaria de Educação assumiu em 2017, resolveu mantê-lo até o início do ano letivo de 2018, quando foi implementado o novo sistema de avaliação.
— Neste sistema, nem todas alterações que queríamos aconteceram, por entendermos que estas devem ser gradativas, mas tivemos avanços, como: a mudança da avaliação do Bloco Alfabetizador; o fim do excesso de relatórios, dando autonomia pedagógica; o fim da reclassificação obrigatória aos alunos de média 45 a 49; a redução de dependências de oito para duas e, no próximo ano, a impossibilidade destas para o aluno do 9º ano, convergindo com as redes estadual e a federal, que não aceitam este aluno, o deixando em um limbo — detalha Rafael Damasceno.
O subsecretário explicou ainda a opção pelo fim da reclassificação por frequência, que será implementada a partir do próximo ano letivo.
— Nós temos dentro da secretaria de Educação um ótimo mecanismo de controle de infrequência, que evita a evasão escolar, que é a Ficha de Acompanhamento do Aluno Infrequente (Ficai). Após todo trabalho feito por eles, termos um dispositivo capaz de reverter a infrequência é um desserviço ao trabalho institucional realizado — pontuou. (A.N.)

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