Ex-marido de Regiane confessa que foi autor do disparos, mas alega problemas psiquiátricos
Camilla Silva 10/10/2019 17:28 - Atualizado em 14/10/2019 14:03
Amanda da Silva Santos, irmã da vítima e uma das testemunhas
Amanda da Silva Santos, irmã da vítima e uma das testemunhas / Camilla Silva
Paulo Rangel Siqueira, ex-marido de Regiane da Silva Santos, assassinada a tiros em Travessão, em julho deste ano, confessou ser o autor dos disparos que mataram a vítima. No entanto, alegou que possui problemas psiquiátricos e que não lembra como os fatos ocorreram. Ele foi ouvido, nesta quinta-feira (10), na primeira audiência do processo que apura o crime. Familiares relataram que vítima sofria ameaças e, por isso, havia decidido se separar, menos de dois meses antes do crime. Ao todo, sete pessoas testemunharam na 1ª Vara Criminal de Campos, no Fórum Maria Tereza Gusmão, em Campos. O autor dos disparos e a vítima eram casados e tinham três filhas juntos. O advogado de defesa pediu instauração de incidente de sanidade mental. Após o resultado do laudo, o juiz decidirá se o réu será levado ou não ao tribunal do júri.
O crime, ocorrido no mês de julho, em Travessão, teve grande repercussão e levantou a discussão sobre a violência contra a mulher. A irmã da vítima e testemunha do crime, Amanda da Silva Santos pede por justiça. Ela estava dentro da academia quando o caso aconteceu.
— Esperamos que ele fique preso e pague pelo o que fez. Minhas sobrinhas estão bem, dentro do possível, mas sabemos a falta que a mãe delas faz — disse.
As testemunhas ouvidas foram: um policial militar, dois civis, mãe, pai, irmã e prima da vítima. O advogado de defesa abriu mão das testemunhas de defesa. O interrogatório do réu, que se entregou dois dias após o crime, na 143ª Delegacia de Polícia (Itaperuna), começou por volta das 18h20.
O acusado declarou ter sido o autor dos disparos e que estaria passando por problemas psiquiátricos. Ele afirmou que a vítima o ameaçava de morte e disse não se lembrar como o homicídio ocorreu. O réu informou que possuía a arma, utilizada no crime, há cerca de dois anos.
Crime — A professora Regiane da Silva Santos, de 36 anos, foi morta a tiros na noite do dia 3 de julho, dentro de uma academia na rua Vicente Pelegrini, no distrito de Travessão, em Campos. Segundo informações da Polícia Militar, o suspeito seria ex-marido da vítima. Ele teria descido de um Fiesta preto e feito os disparos contra ela. Regiane foi atingida por cinco tiros: três no tórax, um nas costas e outro na mão. Antes de morrer, a mulher teria apontado o autor dos disparos. Ela não resistiu aos ferimentos e morreu antes de ser levada para a unidade hospitalar. 

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