Morre aos 64 anos, no Rio, o ator e diretor Jorge Fernando
28/10/2019 10:44 - Atualizado em 11/11/2019 16:05
Rede social
Morreu na noite desse domingo (27), no Rio de Janeiro, o ator e diretor Jorge Fernando, de 64 anos. Ele estava internado no hospital Copa Star. Segundo o hospital, Jorge Fernando deu entrada na unidade no fim da tarde de domingo e morreu devido a uma parada cardíaca em decorrência de uma “dissecção de aorta completa”. O velório acontecerá terça-feira (29), no Teatro Leblon, aberto ao público de 8h às 10h. Amigos e familiares terão momento reservado de 10h às 12h. O corpo do artista será cremado.
Em Campos, Jorge Fernando brilhou no Teatro Municipal Trianon com a comédia “Boom”, em 2003 e 2010. Na última passagem pela cidade, nos dias 16 e 17 de abril de 2010, lotou as três sessões da peça em que vivia o paranormal professor Rebello, um divertido picareta que “recebia” os espíritos de Ney Luiz, desencarnado enquanto dormia; da cantora lírica Maria Callas, da portuguesa Ruth e de uma dançarina de can-can que morreu em pleno Moulin Rouge.
— Tive a honra de assistir ao espetáculo nas duas ocasiões. Na segunda, eu era assessor de comunicação do Trianon e tive a chance de conhecer o Jorge. Ele era um sujeito simples e detalhista, sempre preocupado com a qualidade do espetáculo. Lembro-me que, na versão de 2010, Jorge recepcionava a plateia vestido de Dona Hilda, sua mãe, e, minutos depois, correndo, ia até o camarim para colocar o figurino do professor Rebelo, com o qual abria o espetáculo. Foram dois dias ótimos, acompanhando o talento de um gênio do nosso humor — disse o jornalista Antônio Filho.
Carreira:
Jorge Fernando começou no teatro como ator nos anos 1970. Na televisão, o seu primeiro trabalho foi em 1978 na série “Ciranda, cirandinha”, onde fazia o papel de Reinaldo. Três anos mais tarde, já trabalhava como diretor em “Jogo da Vida”, de Silvio de Abreu e Janete Clair. Na Rede Globo, dirigiu mais de 30 novelas, além de séries e casos especiais.
Entre seus principais trabalhos atrás das câmeras está a novela “Guerra dos Sexos”, de Silvio de Abreu, que considerada um marco pela linguagem revolucionária para o horário das 19h. Seu último trabalho como diretor foi este ano, em “Verão 90”. Jorginho, como era chamado carinhosamente pelos amigos, ficou longe da televisão por dois anos, após sofrer um AVC. No teatro, ficou marcado por produções da atriz Claudia Raia.
Fontes: Agência Brasil / A.N.

ÚLTIMAS NOTÍCIAS