Morre aos 88 anos o diretor Maurício Sherman
17/10/2019 19:02 - Atualizado em 21/10/2019 14:45
Divulgação
Morreu nesta quinta-feira (17), aos 88 anos, o ator, produtor e diretor Maurício Sherman, um dos pioneiros da televisão no Brasil. De acordo com o portal G1, a família informou que Sherman faleceu em casa, na Zona Sul do Rio de Janeiro, com complicações decorrentes de doença renal crônica. O profissional foi um dos responsáveis por programas que marcaram a TV Globo, como “Fantástico”, “Os Trapalhões” e humorísticos de Chico Anysio, além de Faça Humor, Não Faça a Guerra. Também contribuiu para TV’s como a Tupi, Excelsior, Bandeirantes e Manchete.
Maurício Sherman Nisenbaum nasceu no dia 21 de janeiro de 1931, em Niterói, filho de judeus poloneses. Formou-se em direito na Universidade Federal Fluminense. Aos 13 anos, já participava de peças amadoras apresentadas em um Clube da Colônia Judaica. Em uma dessas ocasiões, foi convidado pelo radialista Hélio Tys para trabalhar como ator na Rádio Mauá. A partir daí, participou do grupo Jerusa Camões, no Teatro da Juventude Universitária, atuando em diversos espetáculos ao lado de atores como Gisela Camões, Wanda Lacerda, Nathália Timberg, Fernando Pamplona e Alberto Perez.
Em 1949, foi convidado a trabalhar na Rádio Guanabara pelo ator Paulo Renato, diretor da emissora. Atuou ao lado de Chico Anysio, Fernanda Montenegro, Nathalia Timberg, Jayme Barcellos, Fernando Torres e Elizeth Cardoso. Dois anos depois, recebeu prêmio de ator revelação substituindo Paulo Renato na peça “Massacre” , de Emmanoel Roblès, do repertório da Companhia de Graça Mello. Também em 1951, iniciou sua trajetória na televisão, participando de uma representação da Paixão de Cristo na Tupi. Se transferiu para a TV Paulista no ano seguinte. Em 1945 passou para a Tupi, do Rio de Janeiro, onde ficou por 10 anos. Após uma experiência na TV Excelsior, chegou à Globo em 1965.
Entre mudanças de casa, participou da equipe de criação do Fantástico, em 1973, e foi um dos diretores do programa por três anos. Em 1983, após breve passagem pela TV Bandeirantes, aceitou o convite de Adolfo Bloch para dirigir a programação da novata TV Manchete. À Globo voltou em 1988, como diretor executivo da Central Globo de Produção. Nos 12 anos seguintes, desempenhou várias funções.
De 1989 a 1991, esteve à frente de “Os Trapalhões”. Em 1994, foi responsável pela transformação do “Video Show” em um programa diário. Em 2011, dirigiu o Domingão do Faustão. Eu 2009, foi diretor do especial “Chico e Amigos”. Também dirigiu o “Zorra Total” de 1999 a 2015, um de seus últimos trabalhos na TV.
No teatro, dirigiu vários espetáculos importantes, com destaque para “A Pequena Notável” (1972) e “Evita” (1983).
(Com informações da Memória Globo)

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