Impedimento para julgar Garotinho
Aldir Sales 10/09/2019 08:28 - Atualizado em 17/09/2019 13:53
Zveiter possui processos contra Garotinho e processo agora será redistribuído para outro colegiado
Zveiter possui processos contra Garotinho e processo agora será redistribuído para outro colegiado / Divulgação
O presidente da 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), Luiz Zveiter, se declarou, nessa segunda-feira (9), impedido de julgar os recursos dos ex-governadores Anthony e Rosinha Garotinho em segunda instância. Além de Zveiter,nessa segunda também entrou no sistema da Corte a declaração de suspeição do último integrante do mesmo colegiado com o mesmo teor. O casal Garotinho chegou a ser preso na última terça-feira dentro do processo no qual são acusados de superfaturamento e recebimento de propina para beneficiar a Odebrecht nas licitações para construção das casas populares do Morar Feliz quando Rosinha era prefeita de Campos.
O motivo do impedimento de Zveiter e da suspeição da 1ª Câmara Criminal é o mesmo: o presidente do colegiado possui vários processos na Justiça contra Garotinho por difamação e calúnia. Com isso, a ação será encaminhada novamente para redistribuição.
Nos bastidores do Tribunal, corre a fama de que, assim como a 1ª, a 2ª Câmara Criminal é considerada mais rigorosa, enquanto a 7ª Câmara Criminal, presidida pelo desembargador Siro Darlan, é mais “branda”.
Foi Darlan que estava no plantão judiciário e mandou soltar os Garotinho ainda na madrugada da última quarta-feira, menos de 24 horas após o juiz Glicério Angiólis, da 2ª Vara Criminal de Campos, decretar a prisão dos dois.
Não há prazo para uma definição, mas Zveiter remeteu o processo com urgência para a vice-presidência do colegiado para que, então, o processo seja enviado para redistribuição.
No último mês de julho, o político da Lapa passou a responder a um novo desdobramento da operação Chequinho, também na 2ª Vara Criminal de Campos. Na época, o juiz Leonardo Cajueiro chegou a determinar o uso de tornozeleira eletrônica e o bloqueio de R$ 18 milhões. Garotinho recorreu em segunda instância e o caso foi distribuído justamente para a 1ª Câmara. Pelo mesmo motivo, os desembargadores se declararam suspeitos e o processo foi parar na 7ª Câmara. O colegiado, no entanto, entendeu que não haveria motivo para a suspeição e devolveram os autos para a 1ª Câmara. No entanto, os desembargadores voltaram a afirmar que não poderiam analisar a ação e, desde então, não há uma definição. 

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