Secretário de Saúde de Campos entrevistado no Folha no Ar desta terça
Arnaldo Neto 17/09/2019 07:47 - Atualizado em 20/09/2019 14:25
“Conversei com o prefeito [Rafael Diniz (Cidadania)], eu acho que está na hora de ele virar a chave, devido a tantos problemas que a Prefeitura enfrentou, e a gente botar esse carro para andar”. A afirmação é do secretário de Saúde de Campos, Abdu Neme, entrevistado desta terça-feira (17) do Folha no Ar, da Folha FM 98,3. O médico falou sobre sua atuação na pasta; as mudanças implantadas; obras que serão entregues, com destaque para o início das intervenções no Hospital Geral de Guarus (HGG), que começam nesta terça; a demanda do atendimento regional do Hospital Ferreira Machado (HFM); além do cenário político e a recente greve dos médicos, que terminou no dia 30 de agosto, após 23 dias.
Abdu comentou informações que circularam nas redes sociais sobre uma bactéria instalada no HGG, após ter sido divulgada uma notícia sobre médicos com tuberculose. Ele classificou as atitudes como irresponsáveis e disse que determinou a realização de exames na equipe. Abdu também salientou que em “hospital é onde estão as doenças, estão as bactérias”, mas que todos os cuidados devem ser tomados para lidar com o doente.
Segundo Abdu, foram feitos exames em 13 funcionários do HGG. Apenas em quatro foi detectada infecção de vias respiratórias, sendo que dois casos seguem em investigação e nos outros dois foram diagnosticados “uma infecção pequena”.
— Existem pessoas que colocam a população em uma situação de pânico. Em todos os funcionários foi afastada a possibilidade de tuberculose. Essa é a verdade. Será que eu terei de botar na porta do HGG, do Ferreira Machado, um aviso para quem está doente não entrar? O que temos que fazer são medidas de prevenção.
O secretário também falou sobre as obras que começam no HGG. Ele afirmou que o atendimento ambulatorial vai continuar normalmente, destacando as dificuldades de “trocar o pneu com o carro andando”. De acordo com Abdu, as intervenções na unidade atendem a pleitos da Vigilância Sanitária e do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj). Ao falar das cobranças sobre melhorias estruturais, Abdu disse que são necessárias, mas que muita gente não viu esses mesmos problemas nos outros anos.
O secretário de Saúde destacou algumas mudanças em pouco mais de cinco meses no comando da pasta. Abdu destacou a marcação de consulta por SMS, com objetivo de acabar com as filas para fichas; reformas em Unidades Básicas de Saúde, sendo que algumas serão entregues nos próximos dias; compra de ambulâncias, cuja entrega está prevista para o mês que vem; aquisição de equipamentos, entre outras ações.
Sobre a greve, Abdu foi contestado sobre a colocação do presidente do Sindicato dos Médicos de Campos (Simec), de que a reposição de material de trabalho piorou durante o governo Rafael. De acordo com o secretário, existe o equipamento e medicamentos. Segundo ele, podem existir situações pontuais sobre falta de insumos, mas a gestão está sendo adequada para melhor distribuição do material. O secretário afirmou que o ponto biométrico pode não ter sido a principal causa da greve, mas “foi um tempero a mais”.
Abdu ainda anunciou para 10 de outubro a inauguração da Policlínica da Criança, na Cidade da Criança, e uma ação com um caminhão para mamografia em todo o município durante o “Outubro Rosa”.
Política — Abdu afirmou que ainda não parou para pensar no pleito de 2020, mas tem certeza que vai disputar a reeleição à Câmara e apoiará a reeleição do prefeito Rafael Diniz, que precisa “virar a chave e botar o carro para andar”. O secretário também aponta uma antecipação da corrida eleitoral e atribui interferência política na disseminação de notícias falsas relacionadas. Abdu cobrou que “a oposição ou até gente que está no governo, que não sabe se é oposição ou governo” colabore com críticas construtivas para melhorias na Saúde.
Próximo programa — Nesta quarta (18), o Folha no Ar recebe, às 7h, a presidente da Comissão de Diversidade Sexual e Gênero da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Campos, Margarida Estela, e o promotor estadual Marcelo Lessa. A principal pauta é a polêmica na Bienal Internacional do Livro, no Rio de Janeiro, com relação a decisões contrárias sobre a apreensão de livros que tratam da temática LGBT voltadas para o público jovem e infantil.
Confira a entrevista:
 

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