Ex-uenfeano fala sobre eleições
Aluysio Abreu Barbosa 11/09/2019 08:39 - Atualizado em 16/09/2019 13:54
Apesar da vantagem do professor Raúl Palacio, candidato a reitor na eleição da Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf), que obteve 41,70% no 1º turno contra 28,52% do seu adversário no 2º turno, professor Carlão Rezende, o baixo comparecimento na primeira rodada da votação deixa aberto o resultado final, caso haja mais participação dos votantes. A ressalva foi feita na manhã dessa terça-feira (10), no Folha no Ar 1ª edição, da Folha FM 98,3, pelo ex-uenfeano, servidor público federal e blogueiro do Folha1, Edmundo Siqueira.
— Cerca de 250 professores, 400 técnicos e 1.800 alunos votaram. Os professores (são 300 votantes) já se posicionaram. Os técnicos, embora tenham faltado 200 votantes, também. Mas os alunos tiveram uma adesão pequena, 1.800 em 7 mil. Então acredito que os alunos possam ser o fiel da balança no 2º turno — lembrou Edmundo, mesmo ressaltando que os estudantes representam 15% do colégio eleitoral da Uenf, cabendo outros 15% aos técnicos e 70% ao magistério.
O servidor federal criticou o nível dos ataques que Palacio sofreu. “Eu fiquei triste de ver, acho que em rede social, um texto agressivo contra o Raúl. Achei desproporcional. Não estou defendendo ninguém, até porque não voto na Uenf. Mas achei agressivo, achei que talvez tenha ultrapassado certos limites. De falar que ele não tem produção acadêmica. É muito parecida a capacidade técnica dos dois. Nas entrevistas que eles deram no Folha no Ar, você percebe isso”, disse.
Edmundo também abordou a greve dos médicos da Saúde Pública, encerrada no dia 30 de agosto, que cobriu com afinco em seu blog no Folha1. Para ele, o movimento foi fruto de um conjunto de fatores: cortes das substituições e gratificações, junto com a implantação do ponto biométrico e as condições de trabalho. E que foram estas que fez o movimento ter força nas redes sociais. Mas considerou ter se tratado de um clássico confronto entre patrão e empregado.
Sobre a eleição de 2020, Edmundo acredita que o desgaste do ex-governador Anthony Garotinho pode prejudicar a pré-candidatura do seu filho, o deputado federal Wladimir Garotinho (PSD). Mas observou que a polarização entre os Garotinho e o prefeito Rafael Diniz (Cidadania) interessa aos dois lados. Ele considerou o fenômeno análogo ao enfrentamento entre petismo e bolsonarismo na eleição de 2018. 

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