Rafael usa hospital particular mas a equipe foi a "pública"
05/09/2019 15:36 - Atualizado em 05/09/2019 15:48
Rafael Diniz
Rafael Diniz
O prefeito Rafael Diniz sofreu uma cirurgia de emergência ontem (mais detalhes aqui) e escolheu o hospital particular da Unimed para o procedimento.
O fato foi noticiado por meio de comunicado à impressa, emitido pela assessoria da prefeitura. Os comentários feitos em redes sociais, em sua ampla maioria, criticaram a escolha de Diniz em ser operado em rede hospitalar particular. A tônica das críticas – algumas agressivas e descabidas por revelarem “satisfação” com o quadro de saúde do prefeito – seria no sentido de que o antedimento médico deveria ser na rede pública, uma vez que uma das soluções da recente e, amplamente comentada, greve da saúde, teria sido a narrativa sobre os avanços na área, promovidos pela administração de Rafael.
Segundo fonte, a equipe médica que realizou o precedimento cirúrgico foi composta pelos médicos Bruno Cavalho e Vilson Batista e o anestesista José Cláudio Poppe. Bruno atua no Hospital Geral de Guarus e Ferreira Machado, Vilson é da equipe de rotina do HFM. Ambos servidores públicos.
A escolha de Rafael Diniz demonstra que a outra narrativa, imposta pelo próprio movimento grevista terminado no mês passado (31), tem fundamento técnico, além do já visivelmente confirmado por quem usa o serviço público de saúde na cidade. A narrativa dava conta das precárias condições de saúde pública de Campos. Fortalece também o discurso do presidente do sindicato dos médicos (Simec), José Roberto Crespo, dado na entrevista na FolhaFM, no último dia 2, que valorizava a qualidade e dedicação dos servidores públicos da categoria. A cirurgia de Rafael foi realizada pela mesma equipe responsável pelos mesmos procedimentos no HGG e HFM. Mas, talvez, não seja utilizado em rede particular furadeiras da construção civil (relembre aqui).
O episódio demonstra a maldade e falta de humanidade de quem usa politicamente doenças alheias ou torce pela enfermidade de qualquer pessoa, seja pública ou não. Mas lembra as empresas que adoram o liberalismo e o “livre” mercado, mas que recorrem ao estado quando quebram.
 
 
 
 

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    Edmundo Siqueira

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