Técnicos do TCE visitam Previcampos para auditoria
04/09/2019 13:55 - Atualizado em 04/09/2019 17:17
Como adiantado pela Folha da Manhã em primeira mão na última terça-feira (3) (aqui), o Tribunal de Contas do Estado (TCE) já começou uma auditoria própria no Instituto de Previdência dos Servidores de Campos (Previcampos). Técnicos da Corte estiveram na semana passada na sede do Previcampos para analisar documentos relativos à gestão do fundo previdenciário.
O TCE foi provocado pela Prefeitura de Campos, que entregou um relatório de auditoria externa que apontou indícios de diversas irregularidades no órgão durante a gestão da ex-prefeita Rosinha Garotinho, como também mostrou a Folha da Manhã em uma série de reportagens.
No entanto, a Corte informou que "quaisquer informações sobre o trabalho realizado pelo Corpo Instrutivo do Tribunal só podem ser divulgadas após a apreciação da matéria pelo plenário”.
O Previcampos também é alvo de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara Municipal, que vai apurar as possíveis irregularidades, e será presidida pelo vereador Genásio (PSC).
O presidente do Previcampos, André Oliveira, diz que vistoria do Tribunal de Contas do Estado (TCE) demonstra a seriedade com que está sendo tratado o assunto Previcampos: “Auditorias realizadas apontam para graves irregularidades tanto em repasses entre PreviCampos e Prefeitura quanto em investimentos de risco, vários investigados pela Polícia Federal. Irregularidades com dinheiro e futuro dos servidores”, pontua.
No início da gestão, foram encontradas irregularidades no Instituto da Previdência dos Servidores de Campos dos Goytacazes (Previcampos). Em um ano, entre dezembro de 2015 e dezembro de 2016, o patrimônio passou de R$ 1,305 bilhão para R$ 804 milhões. Os R$ 501 milhões a menos são referentes à falta de recolhimento da contribuição previdenciária, patronal e dos segurados e que vinha sendo reparcelada desde 2012.
Neste meio bilhão de reais está, ainda, um reembolso feito do Previcampos para a Prefeitura, no final de 2016 e no valor de R$ 376 milhões. Dos R$ 804 milhões restantes do patrimônio, R$ 457 milhões foram aplicados em investimentos de alto risco – a maioria investigada pela Polícia Federal e com resgate previsto para a partir de 2021.
Desde de janeiro de 2017, a contribuição patronal é feita dentro do prazo e em um período chegou a ser feita antecipadamente -no valor de R$ 4 milhões- para garantir a saúde financeira do instituto, para que conseguisse pagar seus aposentados e pensionistas. Com a reorganização das contas, hoje o valor de R$ 2,3 milhões é pago no prazo indicado em lei.

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    Aldir Sales

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