Segundo artigo publicado na Gastroenterology este ano, o consumo de glúten não afeta a saúde intestinal de indivíduos saudáveis.
O estudo analisou dois grupos de pessoas saudáveis, que receberam dieta contendo glúten ou não.
A conclusão a que se chegou foi que indivíduos que não apresentam sensibilidade não celíaca ao glúten, muito menos eram celíacos, não exibiram nenhuma melhora na sua saúde gastrintestinal.
O glúten é um composto proteico que contem glutenina e gliadina, encontrado em cereais como trigo, centeio e cevada.
Importante frisar que a aveia naturalmente não apesenta glúten, mas pode ser contaminada devido ao processamento nas mesmas fábricas que beneficiam o trigo.
Pessoas com Doença Celíaca desenvolvem alergia/intolerância ao glúten, com quadros de distensão abdominal, cólicas e diarreia.
Estima-se que cerca de 2 % da população mundial apresente intolerância ao glúten.
Há uma crendice popular que o glúten teria efeito semelhante ao ópio em indivíduos autistas, o que foi desconsiderado por vários estudos científicos.
Em relação à perda de peso e emagrecimento, uma dieta sem glúten tende a apresentar até 35 % menos carboidratos, o que justificaria seus efeitos na redução de gordura corporal.
Ainda segundo estudos científicos, se houver substituição por outros carboidratos sem glúten, como arroz, batatas e aipim, os efeitos de emagrecimento são irrisórios.
Obviamente a escolha por cereais integrais, com até o triplo de fibras em comparação aos refinados, é no mínimo prudente. Afinal de contas, pós brancos tendem a não serem bons para a saúde quando ingeridos (açúcar, sal, farinha refinada, cocaína...)