Ragha leva dança à escola no Setembro Amarelo
11/09/2019 18:01 - Atualizado em 11/09/2019 19:53
  • Ragha na Escola (Foto: Joseli Matias)

    Ragha na Escola (Foto: Joseli Matias)

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    Ragha na Escola (Foto: Joseli Matias)

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    Ragha na Escola (Foto: Joseli Matias)

A dança como ferramenta de inclusão e transformação. Essa é a proposta do Ragha, que, depois de conquistar as comunidades por onde passou levando entretenimento e saúde, agora também compartilha conhecimento e vivências em instituições de ensino de Campos, com o “Ragha na Escola”. Bullying, depressão, autoestima e respeito às diferenças estão sempre entre os assuntos abordados no bate-papo com os alunos do Ensino Fundamental II e Ensino Médio. Os integrantes do Ragha contam suas experiências, carregadas de aflições e conquistas, e encorajam outros jovens a darem seus testemunhos. E, não poderia ser diferente, cada visita às instituições é encerrada com muita dança.
Hoje de manhã foi a vez do Colégio Estadual Doutor César Tinoco, em Santa Cruz, receber o time do Ragha, liderado pelo dançarino e coreógrafo baiano Alirio Menezes. Dezenas de estudantes, acompanhados de professores e coordenadores, participaram das atividades na quadra esportiva da escola, em evento de conscientização do “Setembro Amarelo”.
A missão foi dada pela professora Francisca Sales aos alunos da turma de correção de fluxo, que não decepcionaram. A exposição de cartazes e outros trabalhos, a exibição de vídeos e o encerramento da programação pela prevenção ao suicídio, com a apresentação de dança, tiveram participação maciça dos alunos e renderam elogios dos educadores e convidados. E o convite ao Ragha partiu exatamente desses alunos.
— A minha professora pensou em fazer o evento com o intuito de estimular a felicidade em toda a escola, já que temos casos de vários alunos, inclusive da minha idade, que já pensaram em suicídio. Tivemos alguns casos de jovens se cortando, se mutilando. Fizemos esse evento para incentivar todos os alunos aqui da escola a procurarem ajuda e a recorrerem a atividades como a dança, que faz bem para o corpo e para a cabeça — ressaltou o aluno Marcos Davi, 14 anos.
Também integrante do grupo que organizou o evento, o estudante Iago da Glória, de 13 anos, acredita que a dança tem o poder de ajudar no tratamento da depressão. “A gente pensou em chamar o Ragha, que vem ajudando muitos jovens e fez muito bem a vários alunos aqui hoje. Alguns que já pensaram em suicídio ou já se machucaram. A dança acalma e alegra”.
— Estou trabalhando com eles o tema “Setembro Amarelo” desde a semana passada, abordando os sintomas e os casos de suicídio que vêm acontecendo em Campos. E na nossa escola, em um universo de cerca de 350 alunos, precisamos falar sobre o tema. Inclusive, temos vários casos de jovens que enfrentam a depressão e chegam a se automutilar — comentou a professora Francisca.
Integrante do Time Ragha, João Victor Ribeiro de Souza, o “Sorriso”, fala sobre a experiência de levar sua história a outros jovens. “O Ragha na Escola, na minha opinião, é um dos projetos mais audaciosos que desenvolvemos, onde tenho a oportunidade de passar para outros jovens a transformação que a dança fez na minha vida, de falar sobre as várias oportunidades, dos novos horizontes que o Ragha vem me proporcionando e mostrar o quanto é importante acreditar nos sonhos, além, é claro, de levar muita dança para as escolas. E o mais gratificante é o carinho dos alunos com a gente”.

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    Sobre o autor

    Channa Vieira

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