Casa Benta Pereira abrigou 13 mulheres vítimas de violência doméstica este ano
21/08/2019 22:18 - Atualizado em 26/08/2019 13:24
A Casa da Mulher Benta Pereira, um acolhimento institucional e sigiloso para mulheres em situação de violência doméstica, abrigou 13 mulheres e 23 crianças vitimadas este ano. A unidade integra a gerência de Proteção Social Especial (PSE) de Alta Complexidade da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Humano e Social (SMDHS) e tem capacidade para 18 mulheres, além dos seus filhos, segundo o secretário da pasta, Marcão Gomes.
— Servidores que trabalham com escutas de mulheres em delegacias, defensorias, Ministério Público ou unidades da Justiça podem indicar a mulher para a Casa. Os Centros de Referência Especializados de Assistência Social (CREAS) e os Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) também podem fazer essa triagem. Em geral, o tempo de acolhimento é de até 90 dias, mas o prazo pode ser ampliado — explicou Marcão.
A criação de Casas Abrigo está prevista na Lei Maria da Penha para prestar atendimento psicológico, social, jurídico, encaminhamento para atividades profissionalizantes, programas de geração de renda, além de oferecerem acompanhamento pedagógico de crianças, pois estas deixam de frequentar as escolas tradicionais por questões de segurança.
De acordo com a gerente da Proteção Social Especial (PSE) de Alta Complexidade, Anne Caroline Cardoso, o abrigo proporciona conforto e segurança no momento em que a violência doméstica ultrapassa os limites da integridade física e risco de morte. “Algumas vezes, necessitamos transferir a usuária e filhos para acolhimentos fora do município, quando o caso é grave, ou seja, a usuária está em risco iminente de morte", explicou Anne.
A assistente social e coordenadora da Casa da Mulher, Leisia Crespo, disse que, atualmente, há 3 mulheres acolhidas e 8 crianças. "Recebemos mulheres de todo Estado do Rio de Janeiro, pois nossa unidade integra a Rede de Proteção Estadual da Mulher. Nossas portas de entrada são, principalmente, a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM), os Centros de Referência Especializados de Assistência Social (CREAS) e o Ministério Público", orientou.
Além desses equipamentos, a Secretaria tem parceria com a Superintendência de Justiça e Assistência Judiciária, que oferece todo suporte jurídico. Em Campos, quem se sentir ameaçada pode ligar para o CREAS 1: (22) 981751031, CREAS 2: (22) 981750711 ou CREAS 3: (22) 98175 0820.

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