Polícia usa drone e prende homem com grande quantidade de droga em casa
Maria Laura Gomes e Verônica Nascimento 14/08/2019 08:29 - Atualizado em 15/08/2019 14:02
  • Delegado apresenta material em coletiva

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    Delegado apresenta material em coletiva

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    Delegado apresenta material em coletiva

A Polícia Civil prendeu um homem de 32 anos, após encontrar cerca de 10 quilos de maconha em sua residência, na tarde dessa terça-feira (13), na rua Crisanto Neves, no Parque João Seixas, próximo à avenida 28 de Março. A ação foi realizada com auxílio de um drone. De acordo com o titular da 134ª Delegacia de Polícia (Centro), Bruno Cleuder, havia suspeitas de que teria uma quantidade grande de maconha na casa. Com a ajuda do equipamento, os policiais conseguiram localizar o material no terraço. 
Divulgação Polícia Civil
Policiais civis apreenderam pés e tabletes da droga e diversos materiais para embalar. Em coletiva realizada na manhã desta quarta-feira (14), o delegado Bruno Cleuder informou que o suspeito é natural de Minas Gerais. A polícia recebeu denúncia de drogas sintéticas no local, mas não verificou movimentação na casa nos dois dias de observação e utilizou o drone, nessa terça, fotografando o suspeito com os pés de maconha no terraço, o que liberou o flagrante e a busca na casa.
— A denúncia era de que, nessa casa, havia um morador que estava recebendo uma grande quantidade de drogas. Apreendemos maconha especificamente, mas a informação é de que também teriam drogas sintéticas de difícil acesso. Então, à campana, a uns 100 metros da casa, monitoramos o movimento por dois dias (segunda e terça-feira), mas ninguém entrava ou saía, o que dificultou que solicitássemos um mandado de busca e apreensão. Aí, pensamos em utilizar o drone para obter imagens que embasassem o pedido do mandado e, logo no primeiro sobrevoo, obtivemos imagens da estufa, com a pequena quantidade de maconha e, com a plantação, conseguimos a materialidade, o flagrante delito para autorizar a invasão domiciliar e lá encontramos a variedade, a quantidade de droga apresentada — contou o delegado.  
Durante a verificação feita na residência, foram achados cerca de 10 quilos de maconha e nenhuma droga sintética. O homem relatou à polícia que recebia os tabletes de maconha de Lumiar, distrito de Nova Friburgo, e tinha um minilaboratório para manipular a droga, que vendia para clientes seletos. De acordo com o delegado, ele só comercializava para novos clientes que fossem indicados pelos antigos.
O suspeito se apresentou como vegano e disse que só usava a maconha que plantava, sem material que não fosse natural. A droga vinda de Lumiar, que ele manipulava, lhe rendia um faturamento semanal de cerca de R$ 5 mil, segundo informou Cleuder. Destes, R$ 3 mil seriam para ele e R$ 2 mil para pagar o fornecedor. “Ele recebia e pagava a droga semanalmente. Inclusive, teria recebido maconha no final de semana e feito o acerto. O preso falou que ele mesmo fazia a entrega em domicílio”, explicou o delegado.
A Polícia Civil espera mandado da Justiça para vasculhar o celular e o computador apreendidos, mas o suspeito teria afirmado não se comunicar por aplicativos com clientes. Ele foi autuado por tráfico de drogas e, dependendo do resultado da análise do material apreendido, poderá responder também por associação para o tráfico de entorpecentes.
 

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