Fé que também move a economia
Verônica Nascimento 07/08/2019 09:19 - Atualizado em 15/08/2019 17:48
  • Festa de São Salvador

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No Dia de Santíssimo Salvador, padroeiro de Campos, comemorado nessa terça-feira (6), o movimento de vendas foi grande nas barracas montadas no entorno da Catedral. Também para os comerciantes, o feriado foi o ponto alto da 367ª edição da mais tradicional festa da cidade, iniciada dia 28 de julho com o novenário. Nas barracas da Diocese de Campos, as filas eram imensas, na busca dos também tradicionais bolinhos de aipim e bacalhau. Vendedores ambulantes contaram que o mau tempo e a Exposição Agropecuária, que foi encerrada na última segunda-feira, contribuíram para reduzir o número de público da festa religiosa neste ano, em comparação à edição anterior. A maior expectativa de lucros ficou justamente para o último dia.
Cléia da Silva dos Santos comemorou a movimentação na barraca do bacalhau, da Pastoral do Dízimo, ao lado da Catedral. “Nesses últimos dias, a movimentação está muito boa, com filas enormes para a compra de bolinhos, graças a Deus. A tradição desse bolinho tem entre 35, 40 anos. Em 2019, por causa da crise, foi um pouquinho menos movimentada a festa, mas ainda está indo tudo muito bem”, contou a fiel, que está à frente da barraca há cinco anos, cuja arrecadação será revertida para a igreja.
Já a criançada elegeu os brinquedos infláveis como os preferidos, sem deixar de lado as guloseimas. A fila dos pequenos também foi grande. “Esse ano não teve show musical e esperamos conseguir algum lucro hoje (terça-feira), no feriado. Como teve a ExpoAgro ao mesmo tempo, o ideal seria que a Festa do Santíssimo fosse até domingo. Eu paguei R$ 876 no aluguel dos brinquedos e ainda não tive lucro. A esperança é que a praça lote depois da procissão”, disse Paulo Vieira, que também tem uma barraca de maçãs do amor.
Para o dono da barraca Lelé do Crepe, Wedson Nunes, as vendas este ano também foram menores do que as dos anos anteriores. “Vamos ver nesse último dia, acho que hoje (terça) tiramos a diferença, porque o público estava menor por causa de outro evento grande na cidade”.
Regina da Célia Rosário, do Jóquei Clube, só participou da festa do Santíssimo Salvador nessa terça. Ela foi com a neta Maria Luiza, de 8 anos. “Com a chuva e o frio, não animei para trazer minha neta antes, mas o tempo melhorou e agora é gastar dinheiro com os brinquedos, para ela”, afirmou.
Ao todo, a Prefeitura informou que foram disponibilizadas 100 vagas para ambulantes no entorno da praça do Santíssimo Salvador durante os dias das festividades, distribuídas da seguinte maneira: para churros (11); crepes (4); pipocas (10); camas elásticas (5), além de 70 barracas de bebidas, comestíveis, artesanatos e caip frutas. Para garantir a segurança, não foi permitida a venda de bebidas em embalagens de vidro e uso de copos de vidro.
— A gente tem que acreditar sempre em nossa cidade. Sei que o prefeito Rafael Diniz tem encontrado dificuldades, mas o que esperamos é que ele invista na festa, como fez no verão no Farol de São Thomé, onde houve mais organização — comentou anteriormente o presidente da Associação Campista dos Ambulantes, Roberto César Queiroz Bastos.

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