Estudantes da oficina de música do Cemei já montam repertório
21/08/2019 16:40 - Atualizado em 26/08/2019 14:02
Supcom
Manhã de quarta-feira; um grupo de estudantes desce empolgado a rampa da escola. O inspetor pede ordem, e a professora alerta que, para esta aula específica, ele não precisa se preocupar, pois todos se comportam. Em minutos, três deles assumem os violões; os demais pegam uma folha com composições e sentam. Após um sinal, a música invade o ambiente. No repertório do dia: “Trem Bala” (Ana Vilela), “Dois Corações” (Melim) e “Asa Branca” (Luiz Gonzaga). Três vezes na semana, esta é a rotina dos estudantes do segundo segmento de ensino fundamental do Centro Municipal de Educação Integral (Cemei) do Parque Aurora, em Campos. A oficina de música é uma das preferidas dos alunos. As aulas acontecem em sala própria, com partituras no quadro e instrumentos. Nela, eles aprendem linguagem e percepção musical, canto e iniciação ao violão e teclado. Os “ensaios” são no contraturno escolar, fora do horário das aulas da grade regular. Uma apresentação pública será realizada em breve.
Benjamim Martins, de 12 anos, teve o primeiro contato com o violão durante a oficina e ficou encantado. O estudante do oitavo ano agora já consegue dedilhar melodias e planeja aprender mais para tocar na igreja.
— Sempre quis aprender, mas não tive oportunidade. Quando comecei, achei que demoraria muito para conseguir tocar de verdade, mas já estou tocando o repertório que aprendemos aqui na escola, e meu objetivo agora é o gospel — disse.
Brenda Evelyn Pereira já tem uma relação mais antiga com a música. A jovem canta desde pequena e tem família de músicos, mas viu nas aulas uma oportunidade de se aprimorar.
— A música nos liberta, nos tira de uma realidade que nem sempre é a que queremos. Amplia nossos horizontes. Aqui vemos que podemos mais, temos expectativas melhores para a vida. Sem falar que nos integra. Música é amor, é vida. Essas aulas estão sendo muito boas para nós — afirmou a estudante, que já canta em bandas.
A professora Isabela Biancardine acompanha a evolução dos alunos desde o início das aulas, em fevereiro. “Eles começaram receosos. O novo causa um pouco de desconfiança. Mas eles se engajaram e se permitiram experimentar todas as possibilidades que a música oferece aqui na escola. Tem sido muito bom”, avaliou.
Além de música, as oficinas de artes do Cemei contemplam teatro, dança e artes visuais. De acordo com a coordenadora de artes da secretaria de Educação, Cultura e Esporte (Smece), Sarah Pereira, nessas oficinas o objetivo maior é nutrir esteticamente os alunos, apresentando dentro das linguagens artísticas as possibilidades de expressividade.
— Visamos uma aprendizagem significativa com ampliação do repertório individual de cada aluno — explicou.
Fonte: Prefeitura de Campos.
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