Jaguar e Guloso são favoritos entre os bois
20/08/2019 17:34 - Atualizado em 26/08/2019 14:00
Símbolos importantes da cultura popular campista, os bois de samba abriram os desfiles de domingo (18) no Centro de Eventos Populares Osório Peixoto (Cepop). O Boi Guloso é favorito ao título no Grupo de Acesso do Festival de Samba, que também contou com o Boi Beira-Rio. No Grupo Especial, é grande o favoritismo do Jaguar, que fechou os desfiles da categoria. Os bois Zulu, do Canto e Travolta também passaram pela avenida. A apuração está marcada para quinta-feira (22), a partir de 10h, no Cepop.
Grupo de Acesso:
Boi Beira-Rio — Com um desfile modesto, o Boi Beira-Rio apresentou como tema “O mundo encantado de barro de Mestre Vitalino”, incluindo características da cultura nordestina. A Comissão de Carnaval do boi da Lapa foi formada por Flávio, Wallace Vicente e Pororoca. Se destacou na avenida a execução do samba-tema, com o forte trecho “Olha o boneco de barro, quem vai querer?”, bastante explorado pelo intérprete principal, Tenente, e seus companheiros no carro de som.
Supcom
Boi Guloso — O Boi Guloso buscou inspiração em sua própria comunidade para fazer bonito no Festival de Samba. O tema “Sou negro, sou raça, sou show, sou Nego Joe” falou sobre o comerciante Paulo Jorge, nascido e criado na Tira-Gosto. A paixão de Nego Joe pelo Flamengo e o Goytacaz foi bastante explorada pelo carnavalesco Wallace Vicente, em especial nas cores do clube rubro-negro. O Boi da Raça compôs a comissão de frente; a bateria desfilou com fantasias alusivas ao Flamengo; e bandeirões de torcida organizada rubro-negra vieram na última ala.
Supcom
Grupo Especial:
Boi Zulu — Três personagens ligados ao Carnaval campista receberam homenagem póstuma no desfile do Boi Zulu: Zé Maria, Edmar Chagas “Soró” e o carnavalesco Rafael Leite. A “Galeria das Saudades”, tema proposto pelo carnavalesco Luciano “Ló” e sua equipe, valorizou a tradição do Carnaval simples e alegre. Os passistas da agremiação tiveram bom desempenho, bem como os grandes bonecos da ala folclórica. Também chamou a atenção a ala com torcedores do Goytacaz, apesar de muito pequena.
Supcom
Boi Travolta — O abre-alas do Boi Travolta já demonstrava que o desfile representaria a tranquilidade da vida no campo. “Vida boa é na Fazenda do Travolta” foi o título do tema, com Fábio Pereira como carnavalesco. Houve alas de violeiros e dos personagens Seu Zé e Dona Maria. A bateria desfilou com músicos fantasiados de espantalhos, e o casal de Mãe Maria e Pai João demonstrou criatividade ao usar objetos de cozinha na apresentação para os jurados e o público. A bateria também impressionou.
Supcom
Boi do Canto — O tema abordado pelo Boi do Canto, “Lendas e folclores da planície goitacá”, foi um acerto, tendo em vista que o Festival do Samba integrou a Semana Municipal do Folclore. A Comissão da Carnaval da agremiação incluiu o jongo e a Cavalhada em suas alas, bem como o Ururau da Lapa, representado logo no abre-alas, que incluía um índio goitacá, a Igreja da Lapa e o jacaré saindo de dentro de um sino. No desfile houve ainda alusões ao Bumba Meu Boi e à Folia de Reis.
Supcom
Boi Jaguar — A diretoria do Boi Jaguar soube usar sua proximidade com a Madureira do Turf para fortalecer a plástica de seu desfile. Foi reaproveitado por exemplo, com algumas mudanças, o carro da infância que a escola de samba havia apresentado na véspera, embora a alegoria tenha fugido um pouco do enredo “Saudade”, sobre os antigos Carnavais. O Jaguar foi mais técnico que os bois anteriores, méritos do carnavalesco Marcello Marques. O samba, composto por Toninho Shita, foi uma reedição. A bateria brilhou. Presidente da Madureira do Turf e irmão do presidente do Jaguar, Marcelo Velasco desfilou como Pai João. Destaque ainda para a ala folclórica e a de passistas, esta com muito samba no pé.
Supcom

ÚLTIMAS NOTÍCIAS