Ponto Final - Promessas de Rosinha Garotinho são cumpridas por Rafael Diniz
04/07/2019 09:45 - Atualizado em 13/08/2019 14:48
Gols de Rafael
Na expectativa pelo Brasil na final da Copa América do domingo, no Maracanã, ontem o prefeito Rafael Diniz (PPS) marcou alguns gols importantes. Não só para sua administração, mas na tentativa de se reeleger em 2020. Bem verdade que o Hospital São José chegou a ter sua entrega marcada e adiada duas vezes, em 31 de maio e 25 de junho. Mas ontem foi definido: será entregue à população da Baixada Campista às 18h de amanhã (05), pelo prefeito e seu secretário de Saúde, Abdu Neme (PR). O outro gol rafaelista foi a publicação de ontem, no Diário Oficial (DO), da lei para eleição a diretores das escolas municipais.
Promessas de Rosinha
Pleito antigo do magistério goitacá, os diretores e vice-diretores das 237 unidades da rede municipal de ensino serão eleitos, no prazo de 180 dias, para dois anos de mandato. Os eleitores serão servidores, estudantes maiores de 16 anos e pais de aluno menores de 16. Os candidatos poderão ser servidores estatutários que atuem como professores, pedagogos e técnicos-administrativos, ou pessoas com formação superior e experiência comprovada em gestão escolar. Tanto o São José, quanto a eleição de diretores de escola foram promessas de campanha da ex-prefeita Rosinha Garotinho (hoje, Patri). Mas serão cumpridas por Rafael.
Argentina/Campos
Entrevistado na manhã de ontem do Folha no Ar, programa da Folha FM 98,3, o advogado e publicitário Gustavo Alejandro Oviedo é argentino e radicado há anos na planície goitacá. Ele comparou a realidade do seu país, onde o presidente Mauricio Macri enfrenta dificuldades pela necessidade de pôr as contas em ordem, com a tarefa de Rafael em Campos. Também comparou o peronismo opositor a Macri com o garotismo, que tem o deputado federal Wladimir (PSD) como pré-candidato mais viável a prefeito. O entrevistado disse esperar que o eleitor argentino e campista “não confunda o bombeiro com o incendiário” na hora de votar.
Gol de Carla
Em São João da Barra, a proximidade com o ano eleitoral também movimenta peças. Ao colocar o vereador Elísio Rodrigues (PDT) como secretário de Transportes, a prefeita Carla Machado (PP) abriu uma vaga no legislativo ao suplente Chico da Quixaba (PSL). Também foi um gol de Carla, já que Chico foi vice-prefeito de Betinho Dauaire, no segundo governo deste no município. Também há o fato de que o novo vereador tem seu reduto eleitoral no 5º distrito. É o mesmo de outro edil: Franquis Arêas (PR, de mudança ao PSC do deputado estadual Bruno, filho de Betinho), lançado pré-candidato a prefeito pelos Dauaire em 2020.
Ponto futuro
Muito embora a oposição negue de pés juntos, nenhum observador isento da disputada política sanjoanense duvida: se puder se candidatar em 2020, Carla é favoritíssima à reeleição. Seu maior obstáculo não é voto, mas a Justiça Eleitoral que já a condenou em primeira e segunda instâncias na operação Machadada. Se a pena for confirmada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ela não poderá concorrer. A prefeita se diz confiante na absolvição, com a mesma segurança que a oposição questiona sua popularidade. Mas se estivesse tão certa do resultado do julgamento, por que estaria tão preocupada em enfraquecer Franquis?
Gol contra?
A partir das 7h da manhã de hoje, o Folha no Ar promove um debate na Folha FM 98,3. O promotor estadual Marcelo Lessa e o advogado tributarista Carlos Alexandre de Azevedo Campos, ex-assessor do Supremo Tribunal Federal (STF), analisam as revelações das conversas do ministro da Justiça Sérgio Moro, quando juiz federal, com os procuradores da Lava Jato. As opiniões sobre o caso, relativas à prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), são diversas e válidas. Mas manifestá-la com a obsessão dos parlamentares do PT e Psol, na sessão de quarta (02) na Câmara Federal, pode acabar em gol contra.
Replay
Ao eleger Moro como seu novo alvo preferencial, a esquerda brasileira parece não medir as consequências. No lugar de libertar Lula, como foi novamente negado pelo STF após as revelações das conversas de Moro pelo site Intercept, o PT e o Psol podem acabar elegendo o ex-juiz presidente. Quem dúvida tiver, basta lembrar do passado recente para constatar o que o combate obsessivo de deputados federais como Maria do Rosário e Jean Wyllys fizeram por seu então colega Jair Bolsonaro. Quem não aprende com seus próprios erros está condenado a repeti-los. Depois, não adianta chorar pela injustiça do placar.

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