MP abre investigação sobre contrato de Rosinha com Emec para jardinagem
Aldir Sales 22/07/2019 22:38 - Atualizado em 05/08/2019 14:51
O promotor Fabiano Rangel, da 1ª Promotoria de Investigação Criminal (PIP) de Campos, abriu processo de investigação sobre o contrato milionário da Prefeitura de Campos com a empresa Emec para o serviço de manutenção de jardins, ainda na administração da ex-prefeita Rosinha Garotinho (Patri).
A Câmara Municipal de Campos instalou uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigou o contrato e apontou indícios de irregularidades. O promotor recebeu o relatório, que foi concluído em março do ano passado. Porém, o processo de investigação ainda está no início. O Grupamento de Apoio à Promotoria (GAP) também vai auxiliar os trabalhos com diligências para qualificar as pessoas que participaram da licitação.
O Ministério Público de Campos também pediu auxílio à promotoria da cidade de Serra, no Espírito Santo, onde a Emec teria realizado uma licitação nos mesmos moldes.
Ainda não existe prazo, mas a expectativa da promotoria é que as primeiras pessoas sejam ouvidas em dois ou três meses, mas antes ainda é preciso reunir elementos para embasar a investigação.
A investigação da CPI das Rosas, como ficou conhecida, dizia respeito ao contrato da empresa Emec Obras e Serviços Ltda com a Prefeitura de Campos entre 2011 e 2016, no valor total de R$ 76.150.706,73, para manutenção civil e paisagística de canteiros, parques, praças, jardins e afins.
Nas mais de sete mil folhas do relatório está sugerida a investigação da ex-prefeita Rosinha por formação de quadrilha, concurso de pessoas, crime contra o procedimento licitatório, fraude em licitação e improbidade administrativa.
Presidente da CPI, o vereador Fred Machado (PPS) afirmou, à época da conclusão: “A CPI das Rosas foi instaurada com objetivo de investigar indícios de fraude na contratação da empresa de paisagismo Emec por parte da Prefeitura durante o governo Rosinha Garotinho. O relatório final da comissão concluiu que há indícios de irregularidades, com indicação de envolvimento de agentes públicos. A investigação reuniu mais de sete mil folhas documentadas. Por isso, nós acreditamos que teremos respostas em breve dos órgãos competentes”.
Outra - No mesmo período da CPI das Rosas, a Câmara de Campos também realizou uma investigação sobre outra licitação polêmica da Prefeitura. A CPI da Lava Jato apurou o contrato bilionário do município, também na gestão Rosinha, com a construtora Odebrecht, para a construção das casas populares do Morar Feliz.
O relatório da comissão, presidida pelo vereador Genásio (PSC), também apontou diversos indícios de crimes, como associação criminosa, fraude em licitação, corrupção passiva, caixa dois eleitoral e lavagem de dinheiro, além de sugerir o indiciamento do casal Garotinho por corrupção passiva, caixa dois eleitoral, improbidade administrativa, entre outros. Tanto nesta, quanto na das Rosas, o casal afirmou tratar-se de perseguição política. O documento também foi entregue ao Ministério Público. 

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