Operação prende suspeitos de tentativa de extorsão a polo da Petrobras no RJ
04/07/2019 11:18 - Atualizado em 21/07/2019 15:44
Parte do material apreendido
Parte do material apreendido / Divulgação/Polícia Civil
Uma operação da Polícia Civil e do Ministério Público do RJ prendeu, na manhã desta quinta-feira (4), 42 suspeitos de integrar uma milícia que invadiu a cidade de Itaboraí, na Região Metropolitana do Rio.
Comandado por Orlando Oliveira de Araújo, o Orlando Curicica, o grupo paramilitar exigia o pagamento de taxas da população e de grandes empresas.
Segundo as investigações, os milicianos fizeram cobranças até ao Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), cujas obras foram retomadas no ano passado.
A polícia ainda não informou se o Comperj efetuou os pagamentos exigidos pelos milicianos. Já se sabe que um dos alvos das investidas dos criminosos era o transporte de funcionários ao complexo. A Petrobras ainda não se manifestou.
R$ 500 mil de lucro por mês
A força-tarefa afirma que o bando lucrava pelo menos meio milhão todos os meses. Orlando Curicica está no presídio federal de Mossoró (RN). Ele é um dos alvos desta operação.
Curicica também é apontado como um dos suspeitos na morte da vereadora Marielle Franco e do motorista dela, Anderson Gomes.
Braço direito de Curicica, o PM Fábio Nascimento de Souza, o China, foi preso em Rio Bonito. Ele servia à Unidade de Polícia Pacificadora do Borel, na Tijuca, Zona Norte do Rio.
O ex-PM Alexandre Louback Geminiani, o Playboy, um dos 74 alvos, pulou do quarto andar do prédio onde estava, no Centro de Itaboraí. Mesmo com a queda, ele escapou do cerco.
A Operação Salvator é a segunda, em dois dias, das autoridades do RJ contra milicianos. Nessa quarta (3), seis pessoas foram presas, suspeitas de movimentar o dinheiro das atividades criminosas da maior milícia do estado.
Investigações — As investigações tiveram início na mesma época em que Orlando Curicica colocou um dos seus homens de confiança e braço direito, Renato Nascimento dos Santos, o Renatinho Problema, para expandir os negócios da quadrilha.
A atuação do bando começou no bairro Visconde de Itaboraí, mas, com a ajuda do policial militar Fábio Nascimento de Souza, o China, em pouco tempo o esquema expandiu para bairros vizinhos.
A organização criminosa, segundo o MP-RJ, tinha funções bem definidas, tais como donos, lideranças, gerência, "matadores", recolhedores, soldados ou olheiros.
Fonte: G1

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