Moradores reclamam de infestação de gambá no parque Santo Amaro
Virna Alencar 23/07/2019 17:41 - Atualizado em 29/07/2019 13:20
Moradores do parque Santo Amaro, em Campos, relataram, na tarde desta terça-feira (23), a frequência de gambás em residências na rua Alcebíades de Souza Aguiar e na rua Alonzo Barreto Christie. Eles acreditam que haja uma infestação do animal em uma casa abandonada,que pertenceria ao Colégio Julião Nogueira e nos fundos da antiga secretaria de Obras.
O morador Carlos Augusto dos Santos, de 36 anos, foi surpreendido pelo animal na porta de casa. “Estava chegando da casa da minha namorada e quando fui entrar na minha casa encontrei o gambá perto da porta. Peguei uma vassoura e fui tocando ele devagar até ele ir para a rua. Se a porta estivesse aberta ele teria entrado para dentro de casa. Acredito que seja perigoso, imagina se eu tivesse criança? O animal gosta de lugares escuros e quentes, acredito que eles estejam concentrados nessa obra abandonada em frente”, contou.
A dona de casa Iraci de Abreu, de 64 anos, contou que já se deparou duas vezes com os gambás em casa, sendo a última ocorrência no domingo (21). “Estava em casa com minha filha e meu genro e eles viram o filhote de gambá no balde em que utilizo para sacolas lixo. O animal transmite mau cheiro e espalha o lixo. Minha vizinha contou que um gambá já entrou na casa dela e comeu as frutas que estavam na cozinha, um verdadeiro perigo”, disse.
De acordo com o professor responsável pelo Núcleo de Estudos e Pesquisas com Animais Silvestres (Nepas), da Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf), Leonardo Serafim, a orientação é evitar o contato, chamar os órgãos ambientais e não matar o animal. “Todo animal oferece risco com relação à mordida, sendo um ato de defesa em situações em que se sente ameaçado, podendo assim transmitir contaminação. Matar qualquer animal é crime, principalmente animais silvestres. O correto é chamar os órgãos ambientais, como o Grupamento Ambiental do Município (GAM), para justamente evitar esse contato”, explicou ressaltando que os gambás optam por lugares desertos e quentes, como sótão, porões e casas abandonadas.
Em nota, a Secretaria de Estado de Educação disse que "a direção escolar informou que desconhece a infestação de animais nas dependências do colégio. No entanto, a fim de verificar a informação, a Diretoria Regional vai enviar uma equipe ao local e adotar as medidas que se fizerem necessárias".
Em nota, o Grupamento Ambiental, vinculado a Guarda Civil Municipal (GCM) orienta que "a presença de gambá pode ocorrer devido a proximidade de pastos na região. O terreno em questão encontra-se com entulho e Resíduos da Construção Civil, que é um local propício para animais como gambá instalarem ninho - o que pode ter ocorrido. Nos casos em que os animais estiverem pondo em risco a integridade das pessoas ou até mesmo acuados ou aprisionados, a população deve entrar em contato com o número 153 e solicitar a presença do Grupamento Ambiental. O Grupamento Ambiental orienta, ainda, que os gambá saem para procurar alimentos no período noturno e só atacam quando se sentem ameaçados. Ainda nesta quarta (24), equipes da superintendência de Postura, em conjunto com o Grupamento Ambiental, vão verificar o terreno em questão para providências que se façam necessárias".
 
 

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