INSS tem carência de mais de 7,8 mil vagas
13/07/2019 11:02 - Atualizado em 19/07/2019 15:25
Rodrigo Silveira
O INSS tem um dos concursos mais aguardados em todo país. O presidente do órgão, Renato Rodrigues Vieira, disse que o pedido para abrir uma nova seleção foi encaminhado ao Ministério da Economia e que segue no aguardo da autorização do concurso. As carências apontam para um total de 7.888 vagas de nível médio e superior pelo país.
De acordo com Renato Rodrigues, cerca de 1 milhão de requerimentos de benefícios chegam ao INSS mensalmente, sem que o órgão tenha efetivo suficiente para atender as demandas. Enquanto o Ministério da Economia não autoriza o concurso no INSS, o déficit do quadro de pessoal do Instituto Nacional do Seguro Social só aumenta.
Dados recentes do Painel Estatístico de Pessoal do Governo Federal apontam que só até maio deste ano ocorreram 3.602 aposentadorias nos quadros do INSS.
O maior índice foi em fevereiro, quando 1.093 servidores deixaram o órgão. Em maio foram 453. Desses, 412 — o que representa mais de 90% — deixaram cargos de nível médio, cujo déficit é maior no quadro da autarquia.
O número de cargos vagos no INSS atualmente é de cerca de 10 mil, conforme aponta o Ministério Público Federal, na recomendação para autorização do concurso. Além disso, outros 9 mil profissionais (número aproximado) da autarquia recebem Abono de Permanência e podem se aposentar a qualquer momento.
Enquanto isso, os processos pendentes que aguardam análise de servidores já chegam a quase 3 milhões. A falta de concurso gera gastos de R$4,6 bilhões aos cofres públicos e especialistas apontam que as medidas anunciadas pelo governo não resolvem a questão de pessoal.
O presidente Renato Rodrigues Vieira falou ainda do cenário preocupante que vive a autarquia. De acordo com ele, um milhão de requerimentos de benefícios chegam ao INSS mensalmente, sem que o órgão tenha efetivo suficiente para atender as demandas no atendimento.
— O INSS atende de forma analógica como ocorre nos últimos 20 anos. Se continuar atendendo de forma analógica, precisaremos não apenas recompor a força de trabalho, mas decorrente das aposentadorias de servidores, mas também dobrar ou triplicar a força de trabalho no INSS. A população tem envelhecido e, cada vez mais, nós recebemos novos requerimentos de aposentadorias. São cerca de 1 milhão todos os meses — comentou Renato Rodrigues Vieira. (A.N. e P.R.P.P.)

ÚLTIMAS NOTÍCIAS