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O incentivo à produção e exibição artística atrai o público aos espaços culturais de Campos. De acordo com a Prefeitura, mais de 16 mil pessoas visitaram o Teatro Municipal Trianon e o Teatro de Bolso Procópio Ferreira no primeiro semestre de 2019. Só o Trianon, maior teatro do interior do estado, recebeu mais de 12 mil espectadores, enquanto o Teatro de Bolso, que voltou a ser uma referência para a classe artística local, atendeu a cerca de 4.500 pessoas.

Mineiro residente em Campos há cinco anos, o universitário Lucas Leite, de 26, não teve oportunidade de visitar o Teatro de Bolso antes de seu fechamento, em 2014. Porém, é frequentador assíduo desde a reabertura, há dois anos, citando as peças “Hediondez” e “Traídas e Traidoras, Somos Todas Capitus” entre as que assistiu neste ano.

— Vi que a reabertura do Teatro de Bolso veio em um momento em que o ensino artístico também se fortaleceu em Campos, com a inauguração do Curso de Licenciatura em Teatro do Instituto Federal Fluminense (IFF). Aí, não só se valoriza a cultura, trazendo espetáculos de outras praças, como também incentiva grupos independentes formados por estes estudantes, por alunos também do próprio Curso Livre de Teatro da Prefeitura, entre outros, a produzirem material — disse Lucas.

Com 162 lugares na plateia, o Teatro de Bolso é querido pelos artistas de Campos por ser visto como um lugar acolhedor e que oportuniza tanto a aparição de novos talentos como a valorização de grandes nomes da cultura local. Entre as peças produzidas na planície goitacá, “Eu Fui Macabéa” foi sucesso de público e crítica, com texto de Arlete Sendra e direção de Fernando Rossi. Destaque também para o espetáculo de dança contemporânea “Dogmas”, da Movimento Cia. de Dança.

Bem maior, o Trianon, que comporta cerca de 800 espectadores, apresentou 22 espetáculos no primeiro semestre, alguns deles do circuito nacional, como “Tô de Graça”, do comediante Rodrigo SantAnna, e o musical “ABBA Experience In Concert”, além de grandes nomes da cidade como a Organização Não Governamental (ONG) Orquestrando a Vida, com o “Geração Sinfônica”.

— Há na cidade uma verdadeira efervescência cultural. Nossos teatros têm recebido muitos espectadores. O Teatro de Bolso tem registrado casa cheia com frequência, o que mostra mais um ganho, já que esta sala recebe principalmente produções locais. Nossa cidade está produzindo e consumindo arte. É uma satisfação ver que estamos no caminho certo — enfatizou a presidente da Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima (FCJOL), Cristina Lima.

Tanto o Teatro de Bolso quanto o Trianon já têm programação definida para o mês de julho. No primeiro, que neste final de semana está recebendo a peça “Hediondez”, do Grupo Moinho Cênico, as próximas atrações serão a tragicomédia “Alguém Acaba de Morrer lá Fora”, do Grupo Grito de Teatro, de 12 a 14 e 19 a 21; um concerto do pianista Marcos Leite sobre os 36 anos de carreira artística, no dia 17; e espetáculo “Solo”, da Ruptura Cia. de Arte, de 26 a 28. Já no Trianon, que recebeu a peça circense “Das Cinzas Coração” na última segunda-feira (02), o público poderá prestigiar stand-up do comediante Matheus Ceará, no dia 18; show de voz e violão do dueto AnaVitória, no dia 21; e o espetáculo “Kids Sinfônico”, uma parceria da ONG Orquestrando a Vida com a Escola de Dança Ronaldo Vasconcelos e o Centro Cultura Musical de Campos, no dia 26. (M.B.) (A.N.)