Motoristas, corredores e ciclistas em tempos de cólera
A intolerância que tem marcado os tempos atuais também se manifesta no trânsito, envolvendo motoristas, corredores e ciclistas. Ficou célebre, há pouco tempo, o caso de um triatleta que, ao treinar para uma competição (Ironman) em Florianópolis, foi atropelado pelo condutor de uma caminhonete (aqui). O curioso é que o motorista atropelador também participaria da mesma competição para a qual se preparava o triatleta/corredor vítima do atropelamento.
Nas estradas, nas ruas e nas ciclovias, diariamente, automóveis, corredores e ciclistas se digladiam na busca pelo domínio do espaço público. Acidentes e atropelamentos se multiplicam. Isso está a exigir a reflexão de todos, para que a prática esportiva em via pública não se transforme em fomentador das estatísticas de violência no trânsito. Aqui vão, então, algumas dicas.
Corredores só devem correr no leito das ruas e estradas em último caso, quando for inviável transitar pelas calçadas (que nem sempre existem, aliás...), e, ainda assim, sempre em sentido contrário ao do tráfego e de preferência sem fones de ouvido, para permitir a pronta reação de defesa, se necessária, e para não prejudicar a atenção. Além disso, os corredores devem, nas ciclovias, transitar pela direita e evitar o bloqueio da pista, respeitando o tráfego das bicicletas. Por outro lado, cientes de que cada vez mais corredores e ciclistas treinam nas vias públicas, os condutores de automóveis devem estar atentos e manter distância lateral de segurança, evitando aguçar os riscos de acidentes e respeitando a maior vulnerabilidade dos corredores e ciclistas.
Enfim, em tempos de pouca tolerância, essas são apenas algumas condutas defensivas simples que podem servir para diminuir os riscos de acidentes e atropelamentos. Bons treinos!

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    Sobre o autor

    Marcos Almeida

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    Marcos Almeida é assessor esportivo, especialista em Ciência da Musculação e mestre em Ciência da Motricidade Humana.