O assalto na RJ-158
03/07/2019 17:51 - Atualizado em 03/07/2019 17:55
Foi publicada ontem aqui uma nota sobre o assalto ocorrido na rodovia RJ-158 na segunda-feira com a fotógrafa niteroiense, radicada em São Fidélis, Lúcia Alonso, republicando o seu relato no Facebook. Apurei outros detalhes sobre o crime.
Lúcia trafegava em seu veículo, um Peugeot 206, na RJ-158, vindo de São Fidélis com destino a Campos, quando, na altura de Itereré, por volta de 14h40, teve o seu carro fechado por outro veículo, que tinha dois integrantes. Um dos elementos desceu do carro armado e a abordou.
O bandido a sequestrou e a obrigou a dirigir com uma arma apontada por cerca de 30 km, chegando a Campos e entrando na BR-101, no sentido Vitória. Por volta de 15h20, ao passar na entrada do Parque São Silvestre, localizado ao lado do Parque Eldorado, um pouco antes do Atacadão, o criminoso mandou que ela encostasse o carro e desceu a pé, falando que iria depois para Travessão.
Durante o trajeto de carro o elemento teria roubado, segundo Lúcia afirma, cerca de R$ 500,00 e jóias, sendo um anel e sua aliança de casamento. Ele a ameaçou, mandou que ficasse calma e disse que se colaborasse não aconteceria nada com ela. Após o bandido descer do carro Lúcia então teria ligado para o seu marido pedindo auxílio.
Os usuários da rodovia no trecho entre Campos e São Fidélis se queixam que o número de assaltos aumentou muito depois que o Departamento de Estradas e Rodagem do Rio (DER-RJ) instalou, em 2016, vários quebra-molas próximos à localidade de Itereré, próximo ao Centro de Socioeducação Professora Marlene Henrique Alves (Cense), administrado pelo Novo Degase.
Foi feito um abaixo-assinado (confira aqui), que já conta com mais de 2.300 assinaturas, pedindo a remoção dos quebra-molas. No ano passado um importante avanço foi conquistado. Em novembro a Câmara de Vereadores de São Fidélis acatou um pedido popular e solicitou junto ao 8º Batalhão da Polícia Militar de Campos (8º BPM) que intensificasse o patrulhamento na rodovia.
O pedido foi atendido pelo 8º BPM, que até hoje efetua o patrulhamento. Porém, os criminosos já se habituaram à rotina da ronda e se antecipam para cometer os crimes. As taxas de crimes teriam caído após a implantação do patrulhamento.
Há soluções alternativas propostas, como a substituição dos quebra-molas por radares de velocidade ou até mesmo a implantação de uma guarita da Polícia Militar em ponto estratégico neste trecho. Enquanto isto, a rodovia continuar a contar vítimas da violência.

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    Christiano Abreu Barbosa

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