A solução passa pela gestão
- Atualizado em 06/07/2019 16:58
Folha da Manhã
Com o encerramento do primeiro semestre de 2019, chega o momento de analisar os principais indicadores de diversos setores, para ter uma perspectiva do que melhorou, o que se manteve igual e o que piorou. Na área da segurança pública não poderia ser diferente. Para prestar essas informações, o comandante do 8 Batalhão da Polícia Militar, que responde pelo policiamento das cidades de Campos dos Goytacazes, São Fidélis, São Francisco de Itabapoana e São João da Barra, emitiu uma nota informando os números da segurança pública relativos ao primeiro semestre.
Segundo o comandante, Coronel Ibiapina, o batalhão ficou em primeiro lugar no Estado do Rio de Janeiro com relação a apreensão de armas de fogo. Segundo a nota, nesse período, 226 armas de fogo foram retiradas de circulação, sendo apreendidas pelas delegacias da Polícia Civil da região. Além desse destaque, chama a atenção o número de 946 registros de prisões em flagrante, uma média de 5 prisões diárias, tornando o 8 batalhão o que mais efetuou prisões, respondendo sozinho por cerca de 11% das prisões em flagrante em todo o Estado. Além desses destaques, houve uma redução de 26% no número de homicídios, 16% nos roubos de veículos e de 19% nos roubos de rua, em comparação ao primeiro semestre de 2018.
Com uma gestão voltada a ações integradas com outras forças de segurança e com um olhar atento às necessidades dos policiais sob seu comando, o comandante tem conseguido excelentes resultados. Com a adoção de uma escala diferenciada que proporcionou um maior período de descanso aos policiais, a produtividade do batalhão aumentou, mostrando que uma gestão de pessoal adequada é importante fator de motivação e engajamento.
Isso deixa claro que o problema de segurança pública não se resume a equipamentos, armas e viaturas. Não que não sejam necessários, mas como mostrado pela atual gestão do 8 batalhão, é possível fazer muito mais aplicando princípios básicos de gestão, motivando servidores e aproveitando melhor os recursos disponíveis. Quem sabe essa experiência sirva de exemplo e os gestores da segurança pública estadual passem a se preocupar mais com gestão e menos com ações de pirotecnia.

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    Sobre o autor

    Roberto Uchôa

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    Especialista em Segurança Pública, mestrando em Sociologia Política e policial federal