Condenado no Meninas de Guarus e Cinquentinha é nomeado na Câmara
18/07/2019 17:39 - Atualizado em 18/07/2019 19:32
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O vereador Paulo Arantes (PSDB), que faz parte da base governista na Câmara, nomeou Thiago Machado Calil como chefe de gabinete, símbolo CC-1, no Diário Oficial desta quinta-feira (18). Calil é um dos condenados no caso Meninas de Guarus. Ele também foi condenado por compra de votos a R$ 50 durante a eleição de 2008 com o objetivo de beneficiar a então candidata a prefeita Rosinha Garotinho (atual Patri).
Na denúncia, ele é apontado como “principal articulador” do esquema, descortinada em uma operação da Polícia Federal (PF), que investigou os crimes eleitorais na zona rural do município.
Meninas de Guarus — O esquema foi descoberto com a denúncia ao Conselho Tutelar por uma das menores explorada. Segundo a denúncia, crianças e adolescentes eram mantidas em cárcere privado, com idades variadas, algumas delas na faixa dos oito e 11 anos, para a prostituição e a exploração sexual. A denunciante conseguiu fugir da casa em que era mantida em cárcere privado. Thiago foi condenado a 25 anos e oito meses, em regime fechado, pela prática dos crimes de estupro, associação criminosa, submissão de criança/adolescente à prostituição/exploração sexual, tirar proveito da prostituição alheia e cárcere privado.
Cinquentinha — No ano passado, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) chegou a manter a condenação a 3 anos e 3 meses de prisão a Calil e outros dois acusados, Assis Gomes da Silva Neto e Núbia Costa. Na denúncia, Thiago foi apontado como “principal articulador” do esquema, descortinada em uma operação da Polícia Federal (PF), que investigou os crimes eleitorais na zona rural do município. A pena, neste caso, prescreveu. 
Em primeira instância, o juízo julgou procedente a ação penal por três delitos de corrupção eleitoral, em continuidade delitiva, e por formação de quadrilha. A reclusão foi transformada em duas penas restritivas.
Outras 16 pessoas também foram denunciadas originalmente no processo, no entanto, algumas foram enquadradas apenas no crime de compra e venda de voto, enquanto outros foram beneficiados com a suspensão do processo por colaboração com a Justiça.
Atualizado às 18h40 — Alteração no texto e título.

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    Arnaldo Neto

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