Petroleiro é detido com marcas de sangue dentro de motel em Guarus
16/06/2019 11:53 - Atualizado em 19/06/2019 21:26
Marcas de sangue dentro de quarto de motel na BR 101, no Parque Boa Vista, em Guarus
Marcas de sangue dentro de quarto de motel na BR 101, no Parque Boa Vista, em Guarus / Divulgação/Polícia Civil
Um petroleiro de 42 anos foi detido com marcas de sangue dentro de um motel na BR 101, no Parque Boa Vista, em Guarus, na noite desse sábado (15). De acordo com a Polícia Militar, funcionários do motel contaram que o suspeito deu entrada no estabelecimento às 2h de sábado, acompanhado de uma mulher, e saiu às 17h. Cerca de meia hora depois, ele retornou e solicitou a conta, momento em que a camareira observou que faltava um lençol e que havia marcas de sangue pelo quarto. O segurança do estabelecimento, então, acionou a PM, que deteve o homem. Ele foi levado para a 146ª Delegacia de Polícia (Guarus) e, na manhã de domingo (13), liberado.
Segundo o delegado de plantão na 146ª DP, Carlos Augusto Guimarães, o homem entrou em contradições durante depoimento. Antes do fato, ele e a companheira, uma médica cubana, teriam discutido na residência onde moravam, em São João da Barra (SJB), e depois o homem seguiu para motéis em Campos. A mulher prestou depoimento na delegacia durante à tarde. As investigações apontam para o crime de homicídio, com ocultação de cadáver. 
A Polícia Militar informou que encontrou marcas de sangue dentro do carro do suspeito, levando ao acionamento da perícia técnica. No quarto 107 também havia muito sangue, segundo a PM, mas nenhuma vítima foi localizada. Uma funcionária do motel contou à polícia que, por volta das 3h, o homem solicitou uma manta, porque estaria com frio e, depois disso, não teve mais contato com ele. Outra funcionária, que assumiu o serviço às 8h, disse que o homem ficou conversando com ela, por volta das 15h, do lado de fora e pediu para mudar de quarto. Ela, então, ao conferir o consumo, viu que havia um espelho quebrado, que foi cobrado junto com a conta.
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Segundo relato da funcionária, o suspeito pagou a conta e saiu do motel, mas retornou meia hora depois e pediu para ficar no quarto 107. Quando o homem deixou o local novamente, a funcionária se dirigiu ao quarto para fazer a conferência e viu grande quantidade de sangue. Ela acionou a portaria e o segurança do motel chamou a Polícia Militar. O suspeito teria contado que se cortou no basculante do banheiro, que foi encontrado quebrado e sujo de sangue.
Suspeito e testemunhas foram ouvidos pelo delegado de plantão. Segundo Carlos Augusto Guimarães, o petroleiro, que trabalha para uma empresa que presta serviço para a Petrobrás, teria discutido com a esposa de sexta para sábado e saiu de casa em um carro, modelo HB20, de quatro portas. Inicialmente, ele teria se hospedado em um motel, no bairro Jóquei, onde passou um tempo e não permaneceu porque se sentiu incomodado com barulho de festas juninas que estavam acontecendo nas proximidades. No mesmo dia, resolveu ir para o motel no Parque Boa Vista, onde pernoitou. 
"Por volta das 17h, ele teria saído do motel dizendo que iria comprar um vinho e que voltaria para buscar uma mulher que estaria com ele no quarto. Cerca de meia hora depois voltou e permaneceu um tempo. Acontece que não foi encontrado ninguém com ele no motel, mas deram por falta de um cobertor, durante a madrugada, então, a polícia acredita que se ocorreu alguma ação criminosa, tenha ocorrido nesse espaço de tempo. Ele nos mostrou um extrato bancário, de pagamento, em um terceiro motel, também em Guarus, que já identificamos. Não faz sentido ele ter ido a outro motel só para comprar um vinho. Estamos investigando se ele agiu com ajuda de terceiros. A grande quantidade de sangue no quarto é incompatível com a lesão da mão dele. O médico legista informou que se ele tivesse machucado a mão ao dar um soco no vidro do quarto, como em sua versão apresentada, haveria um gotejamento de sangue e não esguicho como revelaram as fotos tiradas no quarto, que apontam para a cena de um crime. A mulher dele foi identificada e presta esclarecimentos na delegacia. Vamos saber dela se ela se encontrava no motel. A gente pede para aqueles que souberem de alguma informação possa contribuir com o trabalho da polícia", disse o delegado neste domingo, ressaltando que, com base na informação de funcionários, as câmeras de segurança estariam desativadas porque o sistema de monitoramento estaria sendo trocado. Inicialmente, o caso foi tratado como homicídio passional, mas a polícia ainda aguarda resultado da perícia.
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