Roda de Conversa nos 30 anos da Clínica de Doenças Infecciosas Parasitárias do HFM
11/06/2019 18:54 - Atualizado em 18/06/2019 13:28
Divulgação
Um dos serviços mais importantes prestados pelo Hospital Ferreira Machado (HFM) está completando 30 anos em 2019. Trata-se da Clínica de Doenças Infecciosas Parasitárias, mais conhecida como DIP, pioneira em Campos e em toda a região no tratamento de pacientes portadores do vírus HIV e de outras doenças infecto-parasitárias. Á frente do setor desde sua implantação, o médico infectologista Nélio Artiles, junto com sua equipe, programou uma Roda de Conversa que acontecerá na próxima sexta-feira (14), às 11h, no Centro de Estudos do HFM.
O objetivo do encontro é reunir todos os profissionais que já passaram pela DIP nas últimas três décadas – além de outros que atuam no hospital –, para que falem sobre suas experiências na prestação de um dos serviços mais relevantes, disponibilizados à população. Referência em doenças infecciosas, a DIP recebe, até hoje, pacientes do Norte e Noroeste Fluminense, Sul de Minas Gerais, Região dos Lagos e também do Rio de Janeiro. O setor também passou a funcionar como serviço-escola, abrindo as portas para estudantes de diversas faculdades, notadamente a de medicina.
Artiles lembra das dificuldades iniciais ao ter a ideia de implantar o serviço no Hospital Ferreira Machado. A principal delas esbarrava-se nas poucas informações que os profissionais de saúde tinham sobre a transmissão da Aids. “Falava-se que a doença afetava apenas os homossexuais e que poderia ser transmitida através de contatos físicos. Cogitou-se até sua transmissão através de picadas de mosquitos”, conta.
– Tivemos a felicidade de montar uma equipe aguerrida que encampou a luta, mesmo temendo os riscos, pois até então ninguém sabia exatamente como o vírus HIV era transmitido – relembra Nélio Artiles.
A DIP, porém, não trata apenas de casos de HIV, mas também de tuberculose, de complicações de chikungunya e meningites, infecções ósseas, de pulmão, de pele, entre outras.
Com relação à Aids, um fato a comemorar. “Os avanços tecnológicos trouxeram uma nova roupagem, com a Aids deixando de ser uma doença mortal para ser uma doença crônica, possível de ser tratada a vida inteira. Hoje as pessoas não morrem de Aids, se fizerem o tratamento adequadamente”, diz Artiles.
Uma vez por semana – às sextas-feiras – toda a equipe da DIP – médicos, enfermeiros, psicólogos, fisioterapeutas – reúne-se para avaliar cada caso tratado no setor e, juntos, visitam cada um dos pacientes. “Temos orgulho de fazer parte de um serviço diferenciado”, conclui Nélio Artiles.

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