Pinot Noir, A Mais Elegante das Uvas
16/06/2019 11:34 - Atualizado em 16/06/2019 11:41
ExclusivoBNB-Coluna de Vinhos
Por João Ricardo Rodrigues
Como já vimos um dos segredos para se escolher um bom vinho é conhecer as características da uva e do terroir onde ela foi cultivada, assim você vai selecionando quais os vinhos mais agradáveis, diminuindo a chance de errar na compra.
Uma dica é degustar vinhos de uma mesma cepa* cultivadas em terroirs diferentes, sendo perceptível as diferenças mais marcantes.
Hoje falaremos sobre uma uva e uma vinícola das quais gosto muito, recomendo para quem está iniciando no mundo dos vinhos finos, pois é fácil de se beber e com preços acessíveis.
A vinícola
A Vinícola Luiz Argenta fica na cidade de Flores da Cunha-RS, seus vinhedos estão dentro da área que possui a certificação de Indicação Geográfica Altos Montes.
Homenageando o patriarca da família, foi fundada a Luiz Argenta Vinhos Finos, um empreendimento que reúne a tradição de um dos melhores terroirs do Brasil com as mais modernas técnicas de elaboração de vinhos finos.
Em 1999 iniciam o empreendimento adquirindo as terras da Granja União onde foram plantadas as videiras que deram origem aos primeiros vinhos finos do Brasil com projeto inovador e moderno. Já recebendo o título de uma das mais belas vinícola do mundo.
A primeira safra vinificada foi produzida em 2009 e atualmente cultiva 16 variedades de uva, dentre as quais destacamos Pinot Noir,  Chardonnay, Riesling, Moscato Giallo, Merlot, Cabernet Sauvignone e Cabernet Franc.
É possível realizar visitas, degustações orientadas, passeios, colheita das uvas, podas das vinhas e eventos fechados.
A uva
A uva Pinot Noir é uma das mais tradicionais da França, sendo considerada por muitos a mais elegante. Sua terra natal: a região de Côte de Nuits, na Borgonha.
Ela é responsável por vinhos lendários, como o “La Romanée-Conti” produzido em Vosne-Romanée, na Côte de Nuits, Leste da França. Ele é classificado como "Grand Cru" e é considerado o maior vinho da Borgonha e um dos melhores da França.
A Pinot Noir é considerada o contraponto daCabernet Sauvignon. Enquanto a Cabernet produz vinhos encorpados com muita intensidade, a Pinot Noir produz tintos mais leves e com mais aromas. Também pode ser usada no preparo de vinhos de mesa e espumantes e brancos.
Contudo, o Novo Mundo também sabe produzir excelentes vinhos a partir dessa uva. Em países como Chile, Nova Zelândia, Austrália, EUA e Brasil, costumam ser mais maduros, variando de medianos a encorpados, com grande sabor e boa persistência no palato.
Seus aromas mais comuns são amora, cereja, framboesa, especiarias, flores e ervas. Em idade mais avançada, também apresenta toques animais, couro e cogumelos secos.
Salvo raras exceções, os vinhos de Pinot Noir não são muito longevos. Atingem sua maturidade em torno de 8 a 10 anos e permanecem no auge por pouco tempo.
É muito versátil em termo de harmonização. O vinho tinto Pinot Noir combina bem com carnes magras, sopas, queijos brancos, como camembert brie, chocolate amargo, trufas e molho funghi.
 
 
O Vinho
Luiz Argenta LA Clássico Pinot Noir, safra 2018
 Direto do Rio Grande
Direto do Rio Grande / Foto-AnaluciaRodrigues
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Apresenta uma coloração clara, mantendo um tom entre o rosado e o violáceo cor típica da Pinot Noir.
Aroma
Combinação de frutas frescas (morango, framboesa, amora e cereja).
Em virtude dos taninos mais suaves da uva Pinot Noir, o sabor deste vinho é predominantemente fresco, delicado e elegante com um paladar sedoso, de fácil apreciação.
É um vinho tinto que mesmo durante o verão dos países tropicais pode ser apreciado, ou seja uma excelente pedida para um fim de tarde carioca, a temperatura ideal para servir é a 16ºC,e pode ser harmonizado com queijo brie.
 *Cepa – é o tronco da videira de onde brotam os rebentos e podem ser denominadas de diversas outras maneiras podendo ser chamadas de castas, uvas ou variedades. Cabernet Sauvignon, Merlote Malbec, por exemplo, são cepas que vieram de uma única espécie, a vitis vinifera.
 Ela é a mais conhecida e cultivada mundialmente e é possível dizer que existem mais de 10 mil cepas diferentes apenas dentro dessa única espécie.
 João Ricardo estudando o vinho da coluna de hoje
João Ricardo estudando o vinho da coluna de hoje / Foto-AnaluciaRodrigues

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