Ponto Final - Recuo na proposta de reajuste dos servidores
29/05/2019 09:26 - Atualizado em 19/06/2019 21:30
Primeira proposta
A relação do governo Rafael Diniz (PPS) com o servidor público municipal, que já andava meio conturbada por causa das negociações de reajuste salarial, não tem perspectiva de melhora. Ontem, por meio de nota oficial, a Prefeitura de Campos informou que não tem condições de manter a proposta de reajuste salarial de 4,18%, enquanto representantes da categoria brigam por 15%. O que governo sinalizava, embora não agradasse a muitos líderes dos servidores, era o acumulado do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) dos últimos 12 meses, mas o último reajuste da categoria foi em 2016.
Herança de dívidas
O último aumento do servidor só veio depois que a gestão Rosinha Garotinho contraiu a terceira “venda do futuro”. Esse empréstimo, que compromete receita de royalties e participações especiais até 2026, está entre as justificativas do governo paro o cenário de dificuldades financeiras. Foram mais de R$ 137 milhões pagos, de uma dívida de R$ 1,3 bilhão só com este empréstimo. Em nota oficial, também são citadas dívidas de R$ 105 milhões com o FGTS, R$ 745 milhões com o INSS e R$ 68 milhões com precatórios, além de um débito de R$ 180 milhões com o Instituto de Previdência dos Servidores de Campos (Previcampos).
Desgaste com fim da proposta
Outros fatores foram listados na tentativa de justificar o recuo da proposta de reajuste: frustração de receita dos royalties e participações especiais, além da possibilidade de mudança nas regras de distribuição dos recursos do petróleo, em julgamento marcado para 20 de novembro no Supremo Tribunal Federal (STF). São justificativas plausíveis para quem quer olhar para a realidade financeira do município. Porém, nada justifica o erro de apresentar a proposta e depois recuar. Se não havia condições de reajuste, e isso já estava claro, que informasse de imediato. Gerou expectativas e agora vai ter de arcar com mais um desgaste.
Candidato?
O deputado estadual Rodrigo Bacellar (SD) tem dito oficialmente que não é candidato a prefeito de Campos. No entanto, questionado durante a Feijoada da Folha, no último domingo, sobre quem apoiaria em 2020 na planície goitacá, o presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), André Ceciliano (PT), afirmou que estará ao lado de Bacellar na disputa. “Também tenho uma relação muito boa com o deputado estadual Gil Vianna (PSL), com o deputado federal Wladimir Garotinho (PSD), mas vou seguir em Campos o Rodrigo Bacellar”.
Passe valorizado?
Rodrigo compartilhou nas suas redes sociais, ontem, a repercussão de um site sobre a entrevista de Ceciliano na Feijoada da Folha e publicou a seguinte legenda: “Somos notícia!”. Bacellar não desmente e nem confirma a candidatura, da mesma forma como Wladimir também tenta disfarçar. O deputado federal já declarou que a candidata do ninho garotista será a ex-prefeita Rosinha, mesmo com quatro condenações de inelegibilidade. Ainda em um momento de afagos, encontros e negociações, existe muita água para rolar sob a ponte da disputa em Campos.
Equipamentos
O Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro recebeu, ontem, novas viaturas e equipamentos operacionais adquiridos pelo Gabinete de Intervenção Federal. Entre os itens da aquisição estão 30 quadriciclos, 16 jipes, cinco jet skis, mais de 60 conjuntos de desencarceramento e salvamento veicular, 30 pranchas, além de 580 flutuadores salva-vidas, 500 coletes táticos de busca e salvamento e 150 equipamentos de proteção individual. O investimento total foi de R$ 11,7 milhões. O Governo do Estado não especificou para onde os equipamentos serão encaminhados, mas informou que quartéis de todo o estado serão beneficiados.
Moro perde o Coaf
O Senado aprovou na noite de ontem a Medida Provisória (MP) 870, que trata da reforma administrativa, sem alterações em comparação com o texto aprovado na Câmara. O texto-base foi aprovado com 70 votos a favor, 4 votos contrários e uma abstenção. Durante a votação, os senadores decidiram manter a alteração feita pela Câmara que transferiu o Conselho de Controle de Atividades Financeira (Coaf) do Ministério da Justiça, de Sergio Moro, para o Ministério da Economia, de Paulo Guedes.
José Renato

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