Ponto Final - Marcão e Rodrigo
04/05/2019 09:58 - Atualizado em 27/05/2019 12:47
Marcão x Rodrigo
Primeiro com fotos e, mais recentemente, com textos incisivos, as redes sociais têm sido o melhor meio para se acompanhar as movimentações antecipadas da eleição a prefeito de Campos. Nesse tabuleiro há muitas peças. E cada uma tenta desempenhar suas funções. As do secretário municipal Marcão Gomes (PR) e do deputado estadual Rodrigo Bacellar (SD) parecem ser a proteção dos seus pré-candidatos ao governo de Campos em 2020 — respectivamente o prefeito Rafael Diniz (PPS) e o ex-candidato Caio Vianna (PDT). No exercício dessas funções, Marcão e Rodrigo têm se enfrentado publicamente nos últimos três dias.
Round 1
Tudo começou nesta coluna, que na edição do feriado de 1º de maio reproduziu um apelo de Marcão. Candidato a deputado federal em 2018, quando foi o mais votado, mas não se elegeu, ele disse ter feito dobrada com os deputados estaduais eleitos João Peixoto (DC), Gil Vianna (PSL) e Rodrigo. O secretário afirmou que os três tiveram apoio do governo Rafael. Em nome disso, pregou a união por Campos e que se deixasse a discussão política para 2020. Rodrigo leu, não gostou e usou as redes sociais para negar a dobrada, afirmando ter caminhado sozinho em 2018. Aproveitou também para criticar Marcão e a administração municipal.
Round 2
Na edição de ontem (02) do Ponto Final, foram publicados os questionamentos de Rodrigo. Assim como a réplica de Marcão, que nomeou o apoio governista ao deputado, acusando-o de ingrato. Como previsto na coluna, o filho do ex-vereador Marcos Bacellar (PDT) respondeu novamente nas redes sociais. Voltou à carga de maneira ainda mais dura sobre o governo Rafael: apostou contra a sua sorte em 2020 e denunciou “incompetentes em cargos estratégicos”. E ontem falou abertamente em “muitos governistas costeando o alambrado” — mesmo que no dia anterior tenha negado a sondagem a vereadores da base para apoiar Caio.
Round 3
Por sua vez, Marcão também usou as redes sociais para novamente rebater. Além de repetir provocações, com a comparação da sua votação como deputado federal e de outros quatro candidatos a deputado estadual de Campos, todos com mais votos que Rodrigo, o secretário detalhou o apoio que o parlamentar teve do governo de Campos em 2018: “Na saúde todo pessoal do PAD, o chefe do transporte da saúde e suas lideranças, o pessoal que trabalha na farmácia e as lideranças, o chefe da hotelaria e limpeza da Fundação Municipal de Saúde e seus liderados, a chefia e trabalhadores das UBS de Correnteza e Parque Rodoviário”.
Vencedor da luta?
Ao pormenorizar um apoio negado por Rodrigo, Marcão também pareceu expor como o governo foi fatiado na eleição para favorecer seus candidatos. Mas não disse como isso se deu, o que pode gerar a curiosidade do contribuinte e da fiscalização eleitoral. Coragem é virtude necessária ao homem público. Só que, quando desacompanhada da ponderação, pode ser defeito. Marcão e Rodrigo têm temperamentos parecidos. Ao se digladiarem publicamente na respectiva defesa de Rafael e Caio, foram também parecidos no resultado: deixaram o deputado federal Wladimir Garotinho (PSD) assistindo de camarote. E rindo de orelha a orelha.
Vigilantes
Como a Folha noticiou na edição de ontem, a Câmara de Vereadores homologou a licitação para contratação de empresa especializada para vigilância depois da polêmica, no ano passado, dos 31 porteiros que faziam o serviço. O presidente da Casa, Fred Machado (PPS), explica que inicialmente, o edital previa 38 vagas, com um valor total de R$ 1,5 milhão. Porém, Fred esclarece que está realizando uma readequação e repactuando o contrato licitado com a vencedora do certame. Segundo ele, será reduzido para 16 profissionais o número de vigilantes, resultando em uma redução de 60% nas despesas iniciais previstas pelo pregão.
Recorrente
Mais uma vez foi divulgada pela Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) uma operação em Campos que apreendeu celulares. Desta vez, na cadeia pública Dalton Crespo de Castro, entre quinta e sexta-feira, foram encontrados 115 celulares, drogas e até um videogame. A entrada desse material na cadeia evidencia a falta de controle do Estado. Existe um facilitador para que celulares voltem ao presídio. E não é possível que o Estado não consiga cumprir com sua obrigação de coibir isso.

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