Jorginho Virgílio analisa cenário pré-eleitoral e fala sobre CPI do Fundecam
Ícaro Barbosa 15/05/2019 12:21 - Atualizado em 27/05/2019 12:29
Isaías Fernandes
O vereador Jorginho Virgílio (Patri) analisou, nesta quarta-feira (15), o cenário para as eleições de 2020. O político foi o entrevistado da primeira edição do programa Folha no Ar, da rádio Folha FM 98,3. Jorginho também comentou sobre a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Fundo de Desenvolvimento de Campos (Fundecam), que visa à apuração de um possível rombo de cerca de R$ 500 milhões desde a criação do Fundo, em 2001. Ele afirmou que “bombas” foram deixadas pelo governo anterior, a fim de “minar” a administração de Rafael Diniz. A convidada desta quinta-feira (16), a partir das 7h, será a delegada da 145ª Delegacia de Polícia (São João da Barra), Madeleine Farias.
Jorginho Virgílio falou sobre a necessidade de medidas impopulares tomadas pelo prefeito no início do mandato e a confiança de reversão do quadro a partir de novas medidas. Ele ainda traçou um paralelo com o governo federal, que, para o vereador, também está tomando, no início, medidas impopulares, como a reforma da Previdência. Jorginho ainda comentou supostas conversas do ex-governador Anthony Garotinho durante o “apagar das luzes” do mandato de sua esposa, Rosinha Garotinho.
— Eu ouvi da boca de Garotinho, diversas vezes, que “em ‘tal’ mês, ele (Rafael) não vai ter dinheiro para pagar isso ou aquilo”. Essas bombas foram postas, diversas vezes, para inviabilizar ou prejudicar o governo de Rafael, que, apesar de ter cometido alguns erros, conseguiu desfazer diversos nós deixados pela administração anterior — apontou o vereador, destacando: “Um dos erros do prefeito foi trazer muita gente que não estava acostumada com a administração pública”.
Sobre o cenário das próximas eleições municipais, Jorginho acredita que não haverá vencedor no primeiro turno. Ele analisou os possíveis pré-candidatos ao pleito.
— Caso tivesse que apostar, seria em Arnaldo Vianna, se pudesse ser candidato. Acredito que chegaria ao segundo turno. Rosinha, que também tem suas diversas pendências com a Justiça, eu não acredito que chegaria ao segundo turno. Tenho minhas dúvidas. Como ambos estão com vários impedimentos jurídicos, acho que Caio Vianna, com o apoio do pai, é forte. Eu acho que o governo vai começar a melhorar, e isso vai dar uma força muito grande para o Rafael. A abertura do São José também vai ser muito influente. Não acredito no Garotismo no segundo turno. Com grupo unido, já seria difícil. Dividido da forma que está, não acho que tenha chance.
Em relação à CPI do Fundecam, presidida pelo vereador, Jorginho afirmou que teve uma reunião, na última segunda-feira (13), mas afirmou não poder dar detalhes sobre o encontro. “Já ouvimos algumas pessoas. Posso registrar que está avançando bem. Adianto, também, que houve um rombo no município desde 2001, que, em valores corrigidos, somam R$ 500 milhões. Nos empréstimos, as garantias foram os próprios ônibus, pagos com o dinheiro do Fundecam”, contou Jorginho, ressaltando que a CPI não é uma caça às bruxas. “Nós queremos apenas recuperar o dinheiro para o município. No final dos trabalhos, vamos ver as tipificações de possíveis crimes cometidos pelos envolvidos”.
Confira a entrevista:

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