Ex-deputado federal Paulo Feijó no Folha no Ar
Ícaro Barbosa 14/05/2019 07:55 - Atualizado em 15/05/2019 21:35
Folha no Ar recebe Paulo Feijó
Folha no Ar recebe Paulo Feijó / Isaías Fernandes
Ex-deputado federal e ex-presidente da Câmara de Campos, Paulo Feijó (PR) disse nesta terça-feira, em entrevista ao programa Folha no Ar, na Rádio Folha FM 98,3, que não votou em Rafael Diniz (PPS) para prefeito em 2016, mas que ele é a melhor opção para o município. O ex-parlamentar também demonstrou confiança para reverter à prisão ao qual foi condenado na operação Sanguessuga, que apurou envolvimento de políticos na chamada máfia das ambulâncias. O convidado desta quarta-feira, a partir das 7h, será o vereador Jorginho Virgílio (Patri).
Feijó revelou que não votou em Rafael em 2016 por causa da falta de experiência. No entanto, o ex-deputado afirmou que reconhece “que, nos dois anos de governo, Rafael absorveu a experiência de maneira rápida e muito exitosa. Ele atualmente tem a experiência necessária para um prefeito de município com 500 mil habitantes. Atualmente, eu o vejo como a melhor escolha”. Para ele, este é o “caminho das pedras” para o atual prefeito se reeleger em 2020.
— O povo pode estar desiludido com o prefeito, mas, quando for para a rua, esse sentimento vai ser amenizado. O Hospital São José e a volta das assistências cortadas no início do mandato vão exercer um papel muito importante na campanha de Rafael. Isso vai ser visto de maneira muito positiva pela população — analisou, acrescentando que “as medidas foram necessárias, mas impopulares, e isso o desgastou muito. Contudo, se não tivesse feito, ele estaria no tribunal”.
Em relação à condenação, pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-deputado afirmou ter sido induzido ao crime por um assessor. Para ele, faltou proporcionalidade na pena estipulada. “Esse processo a que eu respondo tem quase 20 anos. A operação Sanguessuga mirou em uma quadrilha do Mato Grosso que cooptou assessores de mais de 100 parlamentares. Eu fui vítima disso. Meu funcionário foi cooptado, e eu não sabia. Na eleição de 2002, ele chegou para mim e falou que essa ‘empresa’ iria me dar uma ‘ajudinha’. Eles deram R$ 40 mil para o meu assessor, ele me deu e eu aceitei — explicou Feijó, destacando o contexto da época: “O PT montou o escândalo das ambulâncias para desviar a atenção do mensalão. O PSDB quis me desligar como ‘exemplo’. Fiquei muito abalado por estar envolvido e me desfiliei do PSDB, ao qual sempre fui fiel, deixando, inclusive, de ganhar uma eleição garantida. Os deputados e assessores desse caso foram todos absolvidos”.
Indagado sobre o governo do presidente Jair Bolsonaro, o ex-deputado e ex-colega de bancada do capitão reformado afirmou ter votado no político nos dois turnos, mas percebe que ele não tem “pulso para controlar os filhos e Olavo de Carvalho”.
— O governo não está se dando bem com a Câmara dos Deputados. Ele está se afastando, e o Onyx (Lorenzoni, ministro da Casa Civil) não tem boa reputação entre os deputados. A exoneração de Gustavo Bebianno agravou o problema. Os militares representam o ponto de sustentação do país. Essa turma está atualizada e muito preparada. A relação com o Congresso preocupa. A reforma da Previdência precisa passar e isso me deixa aflito.
Confira a entrevista:

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