Da arquibancada ao plantel do Campos, Elvis busca agora a titularidade
20/05/2019 16:47 - Atualizado em 27/05/2019 10:54
Divulgação/Campos A.A.
Em 2015, um dos atuais goleiros do Campos Atlético Associação, Elvis Ribeiro Gomes, era um simples torcedor do clube. Nas arquibancadas do estádio Ângelo de Carvalho, além de ter visto o Roxinho retornar ao futebol profissional com um acesso da Série C para a B do Campeonato Estadual, encontrou motivos para acreditar na carreira que havia abandonado em 2014. Hoje, aos 28 anos, Elvis se prepara para a terceira temporada no elenco campista com dois objetivos. Além de desejar que o Campos suba novamente para a primeira divisão, repetindo a surpreendente campanha de 2016, ele quer conquistar a titularidade para ajudar os companheiros dentro de campo.
Nascido e criado no bairro Nova Brasília, em Campos, o goleiro foi morar no Parque Esplanada quando se casou, em 2017, mesmo ano em que recebeu o convite para defender o Roxinho.
— Entrei de férias do serviço e acompanhei alguns jogos em 2015 e 2016. Estava ali, me imaginando jogando ali um dia. Comecei a gostar do clube. Deus me deu a oportunidade de fazer parte do grupo. Antes na torcida, do lado de fora, e hoje dentro de campo. Sempre tive um carinho por jogar no time do meu bairro. A emoção é outra, a família e os amigos na arquibancada torcendo. Eu me considero um torcedor do clube. Já pedi a Deus, lá atrás, a oportunidade de jogar no Roxinho. Praticamente passei a infância no campo do Campos, joguei em alguns projetos na época de Paulo Roberto e Zica. E a minha caminhada de volta ao futebol aconteceu no clube do qual comecei a gostar — contou o goleiro.
A chegada de Elvis ao Campos foi motivo de alegria para a mãe Maria Lúcia, incentivadora do atleta, que viria a falecer pouco tempo depois.
— Minha mãe ficou muito feliz. Mas ela faleceu precocemente, aos 52 anos, logo na pré-temporada. No dia 18 junho vai fazer dois anos. Luto por mim e por ela. Alguém que tenho de agradecer muito nesta terra é ela, tudo o que ela fez por mim me motiva. Minha mãe sempre acreditou em mim. Ela dizia: “Sua hora vai chegar, você é um garoto bom. Deus vai te honrar” — lembrou Elvis, grato também à força dada pelo pai, Irajaldo.
Divulgação/Campos A.A.
Apesar de ainda jovem, Elvis já trabalhou em fábrica de cadeiras, escritório de contabilidade, foi ajudante de pedreiro e eletricista, camelô, entregador de jornal e vendedor de perfumes. No futebol, fez as categorias de base no Americano, clube onde se profissionalizou, em 2011. No ano seguinte, o último do Rio Branco no futebol profissional, defendeu o Róseo-Negro, sendo reserva de Macula, atual preparador de goleiros do Campos. Ainda na cidade natal, passou pelo Goytacaz em 2013 e retornou em 2016. Também já vestiu a camisa do Santa Cruz-RS, onde estreou defendendo um pênalti e foi campeão da Taça Cigha, em 2017, antes de ser contratado pelo Roxinho. Seu melhor momento no clube do Parque Leopoldina foi a titularidade no time sub-23, campeão da Copa Ferj/LCD em 2017. Na equipe principal, ficou na reserva nos dois últimos anos.
— Minha vontade é muito grande de ser titular. Está nas mãos de Deus. Minha parte eu estou procurando fazer, que é dar o meu melhor nos treinamentos. Peço que Deus me dê uma oportunidade de poder conquistar um título com o Roxinho, eu sendo titular. Em 2017 e 2018, conseguimos acessos sofridos. Que neste ano eu possa contribuir jogando, fazendo o que eu gosto e sei fazer — disse. (A.N.)

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