Dúvidas do leitor sobre o novo modelo de transporte público
15/05/2019 19:40 - Atualizado em 15/05/2019 19:44
O leitor Marcelo Coutinho me enviou, através de e-mail, uma mensagem com dúvidas sobre como será o novo sistema de transporte público que a Prefeitura de Campos deseja implantar visando a solução da caótica situação do transporte na cidade. Ele também teceu críticas aos anos de populismo regados a royalties que pouco deixaram para o futuro da cidade. Confira abaixo:
Caro Christiano,
Bom dia!
Aproveitando seu blog de alta amplitude junto aos campistas bem como credibilidade, queria entender junto a população e a prefeitura a questão do transporte publico de Campos.
Bem, somos uma cidade com mais de 500 mil habitantes, em valores é bom usar o termo meio milhão rsrs , mas uma cidade de media grande porte, rica (sim, rica mesmo com a crise) e para piorar um município extenso demais com eixos Serrinha x Santo Eduardo com mais de 130 km.
Para se ter uma ideia essa distância é a mesma entre Campos x Rio das Ostras ou mesmo entre Macaé x Araruama.
Com tudo isso, como resolver o transporte urbano e distrital tem um grande desafio.
A ideia de fazer vans para interior e ônibus nas cidades é interessante, mas um pouco estranho pois misturar alternativo com legal , bilhete único é algo que confesso que nunca vi.
Fora que, cadê o projeto dos terminais de integração? Eu ainda não vi, bem como um mapeamento com trajetos de linhas ?
Tudo muito obscuro e aparentemente sem planejamento.
Então Christiano, são 10 dúvidas que acredito que toda população tenha, como por exemplo:
1.0 - Onde serão os terminais de integração?
2.0 - Como definiram as respectivas localizações?
3.0 - Haverá um terminal central ? Tem que haver como em todo lugar que trabalha nesse sistema.
4.0 - Aquela aberração que é chamado de terminal Beira Rio vai acabar? Aquilo destrói a talvez única bela vista urbana de Campos.
5.0 - A rodoviária Roberto Silveira que não deveria ser chamada mais de rodoviária tão quanto usada como, aquilo não existe, me desculpem os campistas, mas quem vai para Macaé, Rio, SP, Quissamã e SJB devem pegar seus respectivos ônibus na rodoviária Shopping Estrada ou em pontos pré determinados ao longo da 28 de março ou beira valão (para linhas p/ cidades limítrofes) absurdo uma rodoviária enorme como shop estrada não ser utilizada em plenitude.
6.0 - Já estão melhorando as estradas de acesso a Rio Preto, Imbé etc? Pq vans não vão passar em dias de chuva.
7.0 - Como será resolvido o péssimo estado dos ônibus? Porque nenhum dos que circulam hoje deveriam estar circulando.
8.0 - Não seria plausível que tenhamos apenas 2 a 3 empresas no máximo fazendo o transporte? Apesar da cidade ser grande não temos numero suficientes de passageiros para mais de 3 empresas terem lucros.
9.0 - E o principal, terá ônibus mesmo? porque hoje leva-se 25 min no minimo para esperar linhas básicas de ônibus em Campos, mais tempo que levamos esperando ônibus Campos X Macaé ou quase o mesmo tempo Campos x Rio, é surreal, mas é verdade.
10.0 - E o valor da passagem ?
Fora isso, espero que nossos técnicos tenham visto cidades como Macaé que possui o sistema integrado, com apenas 1 empresa e mal ou bem funciona.
Espero que tenha uma ligação entre o "Terminal Central " até rodoviária "Shopping Estrada" por exemplo, coisas básicas que toda cidade possui.
Espero de verdade ver Campos crescer, sem partidarismo, sem militantes, sem qualquer coisa que seja superior ao sentimento de amor a cidade pelos campistas.
Somos uma pobre população vivendo em uma rica cidade, como nos antigos reinos dos tempos medievais, onde a riqueza e prosperidade estava apenas nos palácios e jardins da realeza enquanto pelas cidadelas jorrava esgoto a ceu aberto e ruas de terra batida.
Campos, era para ser a maior e mais promissora cidade do estado e porque não do Brasil, mas esbarrou em 20 anos de politicagens populistas que só destruíram a cidade.
Não temos indústrias fortes, poderíamos ter mais shoppings de grande porte, mais restaurantes , mais lojas, mais grandes condomínios, mas tudo isso é brecado pelo famigerado provincianismo dos governantes e também do povo.

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    Christiano Abreu Barbosa

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