Seus olhos apertados iam contra a luz de um sol quase se pondo, ali pelas 17h. Talvez fosse mais bela longe deste cenário, sem a velha bicicleta, os pés calçados em chinelos, unhas por fazer, cabelos a pentear.
Era segunda-feira, tentei imaginar como teria sido o fim de semana dela, de certo não havia pedalado uma distância de 100 km, usando roupas caras, capacete e sapatilhas como tantos esportistas; talvez se perdera entre os muitos afazeres que são impostos às donas de casa, mas mesmo assim, estava ali, e se esforçava...
Parei o carro num cruzamento e vi quando entrou na primeira rua à direita, era também o meu destino, aguardei passar, um, dois, talvez quatro automóveis, e segui.
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Entrei também na rua à direita, e depois de 100m estacionei, a vi sorrindo na porta do colégio onde pegaria meu filho, ela também estava a aguardar o seu ou a sua, não sei, desci e fui a pé até o portão e de longe vi correndo uma menina linda, de 7 anos ou mais, havia alegria nos olhos, e por isso nos meus também ao poder descrever a cena.
Ela correu, abraçou a mãe, e eufórica contava sobre a escola, de como havia sido o dia... agora pedalaria de volta à casa, levando na garupa o maior tesouro do mundo.
