O governador Wilson Witzel (PSC) nomeou Roberta de Paula Oliveira Moura para o cargo de assessora-chefe da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Emprego e Relações Internacionais. A publicação em Diário Oficial aconteceu no último dia 21, oito dias após a ex-vereadora ser condenada à prisão em uma ação penal da Chequinho (aqui). Vale lembrar que ela tem bom trânsito no governo estadual desde a transição, da qual fez parte.
Roberta ficou na quarta suplência da coligação Frente Republicana Social Trabalhista (PR/PTB/PSD). Em decorrência de outras condenações na Chequinho, ela chegou a assumir uma cadeira na Câmara de Campos, mas não por muito tempo, já que também foi condenada na ação eleitoral e, além da perda de mandato, ficar inelegível por oito anos. Ela ainda recorreu ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para tentar reverter a decisão, mas, em agosto de 2018, teve o pedido negado pela Corte.
Agora integrante do governo Witzel, Roberta foi gestora de contrato do programa Cheque Cidadão durante a gestão Rosinha Garotinho. Na sentença em que foi condenada a cinco anos e três meses de prisão, o juiz Elias Pedro Sader Neto informa, ainda, que Roberta indicou a Gisele Koch, também condenada na Chequinho, para o cargo estratégico de Coordenadora do Programa do Cheque Cidadão, por ser sua amiga. Gisele foi presa na primeira fase da operação, junto com a ex-secretária de Desenvolvimento Humano e Social Ana Alice Alvarenga.
Na condenação de Roberta Moura, o juiz de primeira instância também determina a “perda do cargo, função pública ou mandato eletivo” que estivesse exercendo. Ainda cabe recurso. Na semana passada, após a condenação, a Folha entrou em contato com Roberta Moura. Ela informou que seu advogado retornaria, o que não ocorreu até o momento.
O espaço continua aberto para o posicionamento da agora integrante do governo Witzel.