Ponto Final - Eleição de 2020 começa a ganhar forma
13/04/2019 18:39 - Atualizado em 19/04/2019 11:27
Lá e cá, estratégia
O tabuleiro político da região começa a ganhar forma para a disputa eleitoral de 2020. Em Campos, os pré-candidatos começam a colocar seus blocos nas ruas. Já em São João da Barra, as articulações parecem mais devagar, aguardando a definição da operação Machadada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Mas, aliados políticos de lá, assim como os de cá, adotam estratégias parecidas ao negarem suas prováveis candidaturas.
Espera por definição
Em entrevista, publicada na página 2, o ex-prefeito de SJB Betinho Dauaire nega a possibilidade do seu filho e deputado estadual, Bruno Dauaire (PSC), ser candidato no próximo ano. Enquanto isso, o nome dele é dado como certo nos bastidores, principalmente se a prefeita Carla Machado (PP), ré na Machadada, não puder disputar a reeleição. Betinho destaca, e pode até ter razão, que sua família não escolhe adversário, mas seria uma eleição mais aberta, imprevisível: sem Carla e, consequentemente, com o grupo dela dividido.
Parece ensaiado
A estratégia de Betinho para SJB lembra a do deputado federal Wladimir Garotinho (PSD), aliado político, sobretudo, do seu filho. Wladimir, apesar de toda postura de pré-candidato a prefeito de Campos, diz que um nome, ainda não definido, sairá de um projeto. Seria uma tentativa de fortalecer seu grupo, dizendo a todos que podem pleitear ser o cabeça de chapa. Já Betinho, ao lançar em SJB o nome de seu aliado Franquis Areas (PR), tenta tirar o foco dos adversários de Bruno. Além disso, lança pré-candidatos no grupo de Carla, semeando possíveis divisões.
Repasse
O governo do Estado do Rio de Janeiro depositou na última semana R$ 112 milhões em repasses de tributos para os 92 municípios fluminenses. O depósito feito pela secretaria estadual de Fazenda refere-se ao montante arrecadado no período de 1º a 5 de abril. Os valores correspondem à distribuição de parte da arrecadação dos tributos IPVA e ICMS às administrações municipais, além da cota-parte do IPI.
Em São Fidélis
Tem dado o que falar, em São Fidélis, a eliminação das disciplinas de raciocínio lógico e produção textual da grade curricular das turmas de quinto a nono ano do ensino fundamental na rede municipal, denunciada à Folha pela mãe de uma aluna da Escola Municipal Professor Romualdo, de Valão dos Milagres. O assunto alimentou a rixa virtual do ex-prefeito Davi Loureiro (PRP) com o atual, Amarildo Alcântara (PR), para quem fez campanha na eleição municipal de 2016.
Farpas na internet
Sem a mesma influência de antes na atual gestão do município, Davi Loureiro, que já havia usado o Facebook para publicar vídeos criticando o governo de Amarildo Alcântara, compartilhou, na quinta-feira (11), a matéria da Folha sobre a redução das aulas. No dia seguinte (12), em novo vídeo, cobrou do atual prefeito provas de uma acusação de que teria dívidas com a Prefeitura: “Eu quero saber, prefeito. Por que você não responde? Será que você está falando mentira? A gente, quando fala, tem que provar, não é? Será que, além de traidor, você é mentiroso também, prefeito? Fica muito feio”, provocou Davi.
Educação se posicionou
Sobre a redução de matérias do segundo segmento do ensino fundamental, em nota, a secretaria de Educação de São Fidélis alegou que está de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases (LDB) do Ministério da Educação (MEC) e foi realizada após estudos, conforme já divulgado pela Folha. No mesmo vídeo de sexta-feira, Davi Loureiro fez críticas à decisão: “Estão fazendo economia com a educação das crianças para gastar em nomeação desnecessária. A grande verdade é essa. A Prefeitura, hoje, é tanto assessor, tanta gente aqui em cargo comissionado...”, atacou.

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