Um grupo de ex-combatentes da Força Expedicionária Brasileira (FEB) prestou homenagem, na manhã desta segunda-feira (22), ao patrono cívico da nação brasileira, Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, mártir da Inconfidência Mineira. Desde os anos 60, ele é celebrado pelas Forças Armadas devido à Lei nº 4.897. O evento aconteceu na praça Tiradentes, no Centro de Campos.

Um dos presentes à homenagem foi o tenente Chagas Vieira. Ele explicou que a celebração, feita pela associação junto ao grupamento patriótico Defensores da Paz, dos Reservistas Voluntários do Brasil, e o grupo Anjos das Ruas, é fundamental para manter a memória do inconfidente.

— Tiradentes não poderia deixar de receber essa homenagem, por considerarmos um dos maiores líderes e lutadores pela liberdade do Brasil. Apesar de os órgãos públicos não promoverem nenhum evento, nós, particularmente, fazemos — contou.

Durante o ato, foram recordados trechos da trajetória de Tiradentes. O grupo relembrou que ele foi morto de forma injusta, cruel e sem direito à defesa. Para eles, o inconfidente não será esquecido por ter lutado pela liberdade dos brasileiros.

Em texto lido durante a celebração, os ex-combatentes declararam que o corpo de Tiradentes “foi esquartejado e pendurado em postes em via pública, para que servisse de exemplo. Para quem? Para qualquer um que ousasse afrontar suas ordens ou denunciasse as apropriações ilegais dos nossos bens, praticadas por portugueses. A atitude corajosa e destemida de Tiradentes abriu caminho para que, 30 anos depois de sua morte, outros brasileiros de igual coragem se espelhassem no seu exemplo e rompessem definitivamente com Portugal”.

A abertura, por volta das 10h, contou com a interpretação do Hino Nacional e marcha. Os ex-combatentes depositaram flores aos pés da estátua de Tiradentes. O evento marcou também o Dia do Exército Brasileiro — celebrado no último dia 19 —, que completou 371 anos de existência.