Folha no Ar recebe bispo dom Fernando Rifan
Catarine Barreto 17/04/2019 07:14 - Atualizado em 18/04/2019 19:02
Isaías Fernandes
Assuntos como política local, comemoração da Páscoa e avanço do conservadorismo foram debatidos, na manhã desta quarta-feira (17) no programa Folha no Ar, pela rádio Folha FM 98.3. Entrevistado da primeira edição, o bispo da Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney, Dom Fernando Rifan, acredita que, na corrida eleitoral à Prefeitura de Campos, haverá polarização, mas não tão forte como a que ocorreu, em 2018, no cenário nacional. Para ele, a disputa tende a ser mais calma. O bispo declarou que, em sua opinião, a tendência é de haver segundo turno entre o deputado federal Wladimir Garotinho e o atual prefeito, Rafael Diniz, que será o entrevistado da segunda edição do Folha no Ar desta quarta, às 18h30.
Dom Rifan relatou, durante a entrevista, que conversou com Rafael sobre a necessidade de manter constante comunicação entre a população e o gestor municipal.
— Disse ao prefeito que ele precisa se mostrar mais, se comunicar mais. O povo precisa saber o que está sendo feito na cidade, e a comunicação dele precisa ser mais ativa. Acredito que as eleições tendem a ir para o segundo turno, caso haja a disputa de Wladimir com Rafael, mas não será algo tão grande como foi a disputa do PT com Bolsonaro — declarou o bispo, acrescentando o motivo de sua percepção: “Wladimir não é Garotinho. Ele é um político muito mais calmo, e o Rafael também”.
Às vésperas de um dos principais feriados católicos, Dom Fernando fez uma análise sobre o período. De acordo com o sacerdote, a Semana Santa é o centro do calendário cristão:
— Não desmerecemos nenhuma outra data comemorativa, mas, por exemplo, o Natal é uma data simbólica. Já a Páscoa é a história mais contada do mundo; é a passagem do cordeiro de Deus que tirou o pecado do mundo.
Outro ponto abordado pelo bispo foi o avanço da fé evangélica. Segundo dom Fernando, a presença, em igrejas, de pastores que se baseiam apenas no lado material da vida pode afastar os fiéis que precisam, de fato, da palavra de Deus.
— É algo ruim esse carismatismo protestante. O maior número de ateus está no Estado do Rio de Janeiro. As pessoas pulam de igreja em igreja e, ao não encontrarem o bem material que se é prometido, vão migrando, até que desistem de acreditar na palavra. A Igreja ensina o homem a se religar com Deus e a carregar a sua cruz, porque problemas sempre vão acontecer. Então, ensinamos a carregar a sua cruz — reforçou, destacando que um dos aspectos negativos do conflito entre religiões é a manifestação deste em redes sociais: “Briga entre religião na internet reflete a situação atual do país. Tem sempre alguém olhando para o lado mau, negativo. Vamos olhar o lado bom, viver a alegria e parar de ver o lado ruim. Devemos ser otimistas”.
Confira a entrevista completa:

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