Ponto Final - Reajuste sancionado
20/03/2019 23:07 - Atualizado em 25/03/2019 17:04
Reajuste sancionado
Mais de 170 categorias de empregados da iniciativa privada terão reajuste de 3,75% no piso regional salarial. É o que define a Lei 8.315/19, sancionada pelo governador Wilson Witzel (PSC) e publicada no Diário Oficial do Executivo de ontem. A medida será retroativa a janeiro deste ano e valerá somente para 2019. Com isso, os valores das seis faixas salariais do Estado passam a variar entre R$ 1.238,11 e R$ 3.158,96. A proposta original, enviada pelo governador, previa um congelamento do piso regional por dois anos, ou seja, até o fim de 2020.
 
 
Cálculos
Os deputados estaduais chegaram a um acordo para estabelecer um reajuste de 3,75%, tendo como base o índice de inflação nacional em 2018 (IPCA). O percentual também está entre os reivindicados pelos patrões (1,22%) e a classe trabalhadora (6,95%) nas reuniões do Conselho Estadual de Trabalho e Renda (Ceterj). Parlamentares também incluíram modificações que obrigam os três poderes a manter a paridade salarial entre homens e mulheres. Outra mudança é para que o Governo do Estado envie o projeto do piso regional sempre até 30 de dezembro do ano anterior ao reajuste.
 
 
Polêmica
O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (PRB), incorreu no perigoso descaminho da generalização, ao afirmar que policiais militares sobem os morros para pegar arrego (propina), durante uma reunião com assessores. Ora, nem todo policial é corrupto, como nem todo político é irresponsável em suas ações e afirmações. Aliás, a leviandade de Crivella foi rechaçada pelo governador Witzel que, sem citar o prefeito nominalmente, disse não aceitar “qualquer declaração leviana a respeito da Polícia Militar”.
Avaliação
O secretário de Polícia Militar, coronel Rogério de Lacerda, afirmou que as declarações de Crivella “ofendem toda categoria”. Disse mais: “inadmissível que um prefeito de uma cidade com problemas tão sérios a resolver seja capaz de proferir declarações tão absurdas”. Crivella pode estar se utilizando de uma eventual estratégia midiática para este momento em que tem enfrentado consideráveis índices de desaprovação em seu governo que está mesmo muito mal inclusive em áreas cruciais como a saúde.
Confira edição completa nesta quinta-feira na Folha da Manhã.

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