Pontos demais, vagas de menos
23/03/2019 10:03 - Atualizado em 23/03/2019 10:04
O Uber revolucionou a maneira como utilizamos transporte privado urbano. É mais prático, mais barato, tem atendimento mais rápido, dispensa a necessidade de portar dinheiro e de fazer uma ligação para ser acionado, você sabe com antecedência quanto irá pagar pela corrida, não precisa explicar onde será o destino e até, muitas vezes, sequer saber o endereço.
Muitos migraram completamente para o Uber (ou aplicativos do gênero), abolindo o uso de táxis, salvo em último caso. Me incluo entre eles.
A dinâmica é diferente com o Uber, o transporte vai até você e não você vai até ele. Com isso, vai perdendo o sentido o conceito de pontos de táxis, quando o cliente vai até o transporte privado urbano. Salvo em locais de enorme fluxo e que concentram pessoas, como shoppings, quando o cliente já estará ao lado do transporte quando precisar.
A tendência, até pela notória queda de demanda dos táxis, deveria ser de diminuição dos pontos de táxis espalhados nos quatro cantos da cidade. Não é o que aparentemente vem acontecendo. A impressão é que não só não diminuem, como vêm surgindo pontos de táxis onde antes não havia.
Os taxistas, uma classe importante, têm geralmente grande força entre vereadores e na Prefeitura, o que pode explicar a incongruência. Pontos de táxis fixos ocupam vagas públicas, diminuindo ainda mais a sua escassa oferta para os carros particulares, para alegria dos donos de estacionamentos.
É hora de se fazer um estudo, de quantos pontos de táxis existem na cidade, qual a sua real ocupação, demanda e necessidade, para que sejam mantidos os que realmente se justificam.

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    Christiano Abreu Barbosa

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