Exemplo já escorreu pelas águas do Paraíba
03/02/2019 03:24 - Atualizado em 18/02/2019 16:19
Longe de acabar
A tragédia em Brumadinho ainda está longe de acabar. Com 121 mortos e 226 desaparecidos até o fechamento deste artigo, a perda humana já é muito maior do que em Mariana há três anos, quando 19 pessoas perderam a vida após o rompimento da barragem da Samarco. De lá para cá não aprendemos nada em prevenção, legislação e em Justiça. Quantas bombas-relógio existem por aí? Antes mesmo de Mariana, em proporções bem menores, já tivemos outros exemplos escorrendo pelas águas do rio Paraíba do Sul bem próximo de nós.
Alto risco
A Agência Nacional das Águas (ANA) anunciou na semana passada uma lista das barragens que possuem médio ou alto risco de dano em caso de rompimento. Duas delas, as de Pirapetinga e Calheiros, ficam no rio Itaboapana na altura do município de Bom Jesus do Itabapoana, no Noroeste Fluminense. Em Trajano de Moraes, na região Serrana, também fica a barragem do rio Macabu, que possui em seu caminho a cidade de Conceição de Macabu. Todas elas reservam água para hidrelétricas e terão a fiscalização priorizada, segundo a ANA.
Bagunça
Voto de papel, tentativa de fraude, retirada de candidaturas, desorganização e discussões quentes. Muitas discussões. A eterna eleição no Senado terminou ontem com Davi Alcolumbre (DEM-AP) como novo presidente. No entanto, a disputa pode não ter acabado no plenário. Isso porque Renan Calheiros (MDB-AL) afirmou que seus opositores que mostraram em quem estavam votando estariam contrariando a decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, que determinou o voto secreto. Irritado, Calheiros anunciou a retirada de sua candidatura e abandonou o plenário. A polêmica está longe do fim.
União
Depois das cenas lamentáveis proporcionadas pelos senadores na noite da última sexta-feira, com Calheiros e Tarso Jereissati (PSDB) quase saindo no tapa e Kátia Abreu (PDT) arrancando uma pasta de documentos das mãos de Alcolumbre, o sábado não foi menos vergonhoso no Senado. Além das trocas de farpas entre os parlamentares, teve até mesmo quem tentou fraudar a eleição colocando votos na urna. Ao final de tudo, o novo presidente do Senado discursou e disse que dará a Calheiros o mesmo tratamento que os demais pares terão. Passada toda a confusão, o momento é de pacificação e união no Congresso.
Silêncio
Eleito para continuar no comando do Palácio Tiradentes, o presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), o deputado André Ceciliano (PT), manteve-se em silêncio sobre as denúncias de corrupção que envolve parlamentares da Casa de Leis. Na vice-presidência está o deputado Jair Bitencourt, ex-prefeito de Itaperuna e que foi também secretário estadual de Agricultura. Agora, Ceciliano decidirá, junto com os integrantes da mesa diretora, o rumo dos seis deputados que não foram empossados por estarem presos.
Tarefa indigesta
São eles André Correa (DEM), Marcos Abraão (Avante), Marcus Vinicius Neskau (PTB), Chiquinho da Mangueira (PSC), Luiz Martins (PDT) e Anderson Alexandre (Solideriedade). Caberá a Ceciliano e sua mesa diretora a recuperação da imagem e a credibilidade da Alerj (tarefa indigesta, por sinal). O primeiro passo será uma decisão que não ceda lugar ao corporativismo parlamentar existente na Casa.
Presidente
O presidente Jair Bolsonaro se sentiu mal na tarde de ontem, apresentado quadro de náusea e vômito, segundo boletim médico divulgado pelo Hospital Albert Einstein, na capital paulista. Ele usa uma sonda nasogástrica para se alimentar. Bolsonaro, apesar da indisposição, não tem febre e não sente dor. Exames laboratoriais feitos no presidente estão normais. Os médicos ainda orientam que as visitas sejam restritas. Apenas a esposa Michelle Bolsonaro e o filho Carlos Bolsonaro acompanham o presidente.
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