Confusão suspende votação para a presidência do Senado
02/02/2019 10:53 - Atualizado em 18/02/2019 16:21
Espetáculo grotesco
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) foi eleito com o discurso da renovação, anticorrupção e contra troca de cargos por apoio político no Congresso. No entanto, ontem, a emblemática cena da confusão no Senado, que resultou na suspensão da eleição para presidência, deixa algumas pulgas atrás da orelha. Mais do que isso, nos enche mais uma vez de vergonha. Em mais uma grotesca imagem protagonizada pelos representantes do povo brasileiro, no primeiro dia da nova legislatura, Tasso Jereissati (PSDB), que desistiu da candidatura, quase saiu no tapa com Renan Calheiros (MDB) no plenário.
 
 
Tudo como está
Uma série de conexões entre alguns dos principais personagens envolvidos na confusa sessão no Senado só nos faz constatar o óbvio. Kátia Abreu (PDT), vice na chapa de Ciro Gomes (PDT) na última eleição, arrancou os documentos das mãos do presidente da sessão, Davi Alcolumbre (DEM), em apoio ao polêmico Renan Calheiros, que tenta se perpetuar na cadeira ora ocupada pelo senador do Democrata. Para isso, Calheiros, defensor de Dilma Rousseff (PT), se aproxima de Bolsonaro. Como disse o escritor italiano Tomaso de Lampedusa no romance “O Leopardo”: “Tudo deve mudar para que tudo fique como está”.
 
 
Dúvida para o Carnaval I
Circula nas redes sociais a informação de que o comandante do 8º Batalhão da Polícia Militar (BPM), tenente-coronel Rodrigo Chiaradia Ibiapina, afirmou em uma reunião do Conselho Comunitário de Segurança de São João da Barra, realizada na última quarta-feira, a possibilidade de o tradicional Carnaval da terra de Narcisa Amália ser encerrado diariamente às 2h, devido ao contingente reduzido da corporação. Considerada o melhor Carnaval do interior do estado do Rio de Janeiro, a folia em SJB costuma entrar a madrugada e terminar, na maioria das vezes, com o sol raiando.
Dúvida para o Carnaval II
Outro motivo que teria sido alegado pelo tenente-coronel Ibiapina para encerrar mais cedo a folia é o fato de o policial precisar descansar para o dia seguinte. A possibilidade foi alvo de elogios e reclamações de foliões do município. Enquanto alguns acenaram positivamente para a ação, principalmente em razão das confusões que costumam ocorrer no fim da madrugada, outros lembraram sobre a questão dos ambulantes, que podem sair no prejuízo, já que muitos esperam pela festa do Momo para garantirem os seus lucros.
 
 
Dúvida para o Carnaval III
Um entrave para colocar a proposta em prática são os horários já tradicionais dos desfiles das escolas de samba — Chinês e Congos —, que ocorrem no domingo e na terça-feira. O primeiro desfile é marcado para as 22h e o segundo para meia-noite. Porém, os atrasos são constantes e, geralmente, as apresentações passam, e muito, das 2h. É difícil acreditar que, em menos de um mês, a organização do Carnaval em São João da Barra consiga mudar uma tradição de muitos anos. É esperar para ver.
 
 
Desordem
Mesmo com o empenho das equipes da superintendência municipal de Posturas, na tentativa de coibir irregularidades, os ambulantes não legalizados ainda fazem a festa em vias do Centro de Campos. Na rua João Pessoa, nas imediações do Mercado Municipal, vários são os trabalhadores informais que disputam a atenção dos clientes. É bom ficar de olho para não se tornar uma desordem ainda maior.
 
 
Reformulação
Diferentemente do governo federal, que retirou os LGBTs das diretrizes dos Direitos Humanos em Medida Provisória assinada pelo presidente Jair Bolsonaro, o governo estadual anunciou que o programa Rio sem Homofobia será aprimorado. A secretaria de Estado de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos quer melhorar os serviços prestados e promover o engajamento da sociedade com a causa. A primeira mudança acontece no nome do programa, que passa a ser chamado de Amizade Rio LGBT, reforçando que o Rio é o destino preferido dos turistas da comunidade gay.
José Renato

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