Roupa suja lavada nas redes sociais
Suzy Monteiro 08/02/2019 08:47 - Atualizado em 13/02/2019 16:15
  • Vereadora Joilza Rangel

    Vereadora Joilza Rangel

  • Vereador Jorginho Virgílio

    Vereador Jorginho Virgílio

Mesmo durante o recesso parlamentar, que termina dia 15, com a primeira sessão dia 19, a Câmara de Campos continua movimentando as redes sociais com polêmicas. Denúncias de um vereador contra colegas causou mal-estar e fala-se até ter sido a gota d’água para o fim do G5 — grupo independente de apoio ao governo Rafael Diniz (PPS). Sempre polêmico, o vereador Jorginho Virgílio (PRP) resolveu disparar, no Facebook, contra os colegas da Câmara, fazendo denúncias de supostas irregularidades, porém sem citar nomes. A postagem desagradou, e muito, aos demais vereadores por lançar suspeita sobre todos. O bate-boca também chegou aos grupos de WhatsApp do Legislativo. Nessa quinta-feira (7), através de sua assessoria de imprensa, Jorginho afirmou: “A minha assessoria jurídica já está preparando a documentação pra ser protocolado o pedido de apuração na próxima semana”.
Na primeira postagem, Jorginho fez denúncias contra vereadores, sem citar nomes: “Tem vereador em Campos que precisa definir se é político ou empresário... Usar do cargo de vereador pra colocar sua empresa e de amigos e parentes pra ganhar dinheiro público não tá certo... Vou começar dar nome aos ‘bois’ e denunciar no Ministério Público... Tem um assessor de um vereador que foi acusado de construir abrigo de passageiros bilionário e superfaturado em Guarus no governo Alexandre Mocaiber, quando a ponte General Dutra ficou interditada e até hoje a justiça não deu resposta... Justiça de Campos dos Goytacazes, vamos se movimentar (sic) também...”.
Vários vereadores não gostaram da postagem. Como reação, um áudio da vereadora Joilza Rangel (PSD) começou a circular, em que ela criticava a atitude de Jorginho “na minha opinião, ele não foi ético. Se tem nome, ele tem que falar”. Ela também falava que, por não ser empresária, a carapuça não lhe coube, mas destacou que, para quem não a conhece, poderia ficar a suspeita. A vereadora afirmou, ainda, que eles estavam tentando resolver com Jorginho internamente.
Ao saber do áudio, Jorginho voltou ao Facebook e citou um nome: o da própria vereadora Joilza Rangel, falando que ela trata-se de suplente (Joilza entrou na Câmara no lugar de Jorge Rangel (PTB), que perdeu o mandato em função de condenação na Chequinho). Também fez denúncias, dizendo que o filho dela seria empreiteiro (sic) do ramo da merenda e que teria trabalhado no governo Rosinha no período em que Joilza era secretária.
A vereadora divulgou nota, dizendo que, embora questionado por diversos parlamentares, escolheu a ela “para difamar”: “Nestes mais de 43 anos como servidora, sempre mantive uma postura cautelosa e nunca participei de enfrentamentos públicos.
Questionado por diversos vereadores sobre uma denúncia que produziu sem revelar o nome dos envolvidos, fui escolhida como vítima de difamações infundadas. Espero não ter sido alvo pelo fato de ser a única mulher a questionar o ato. Reafirmo a ética e a moral sobre as quais sempre trabalhei, e aguardo a apresentação de provas concretas das inverdades ditas. Nós brasileiros sofremos constantemente com atos inconsequentes em redes sociais. Enquanto criam polêmicas semanalmente alternando os envolvidos, utilizo meu mandato como vereadora para ajudar ao povo tão necessitado da nossa cidade”, afirmou a vereadora.

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