O senador Flávio Bolsonaro (PSL) será investigado por suposta prática de falsidade ideológica eleitoral e lavagem de dinheiro pelo Ministério Público Eleitoral (MPE) do Rio de Janeiro. A ação foi enviada pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge, para o procurador-regional eleitoral, Sidney Madruga. Na prática, a procuradoria vai apurar negociações relâmpagos de imóveis que teriam resultado no aumento patrimonial do filho do presidente Jair Bolsonaro (PSL).

Líder do PSL na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), o campista Gil Vianna disse que crê na inocência de Flávio. “Não tenho dúvida de que ele vai provar sua inocência na Justiça. É uma perseguição muito grande por parte da imprensa. Eu confio no Flávio, é um cara do bem, tenho certeza de que tudo vai ser resolvido”.

Desde que investigações começaram, o senador nega ter cometido irregularidades. As suspeitas são que Flávio Bolsonaro lavou dinheiro por meio da compra de imóveis e declarou à Justiça Eleitoral o valor de um apartamento abaixo do preço real.

Embora o inquérito tenha sido recebido pela PGR, Raquel Dodge argumentou que os fatos apurados precedem o início do mandato de senador. Desde o ano passado, o Supremo Tribunal Federal (STF) entende que o foro privilegiado só vale para crimes cometidos no mandato e em razão da atividade parlamentar.

Ele está no primeiro mandato no Senado e comandará a Terceira Secretaria da Casa, responsável por fazer a chamada de senadores em casos previstos no regimento; contar votos em verificação de votação; e auxiliar o presidente na apuração de eleições.

Enquanto isso, o promotor de Justiça Luis Otávio Figueira Lopes, do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), será o novo responsável por outra investigação que envolve Flávio Bolsonaro e seu ex-assessor Fabrício Queiroz. Lopes assume o caso após o também promotor Cláudio Calo se declarar suspeito para investigar o parlamentar. (A.N.) (S.M.)