Goytacaz perde em casa e é rebaixado para Série B
Paulo Renato do Porto 18/02/2019 21:32 - Atualizado em 20/02/2019 17:58
A torcida do Goytacaz compareceu em bom número nesta segunda-feira, ao Aryzão, mas sofreu outra decepção, desta vez com sabor ainda mais amargo: o time perdeu para o Macaé, por 2 a 1, e caiu de novo para da Série B1. No final, torcedores mais exaltados xingaram os jogadores e sacudiram as grades de proteção do alambrado. O atacante Luquinha deixou o campo em lágrimas.
O Alvianil começou bem nos primeiros cinco minutos. Boas chances foram criadas, mas Douglas e Luquinha pecaram na definição. A partir dos 10 minutos, o Macaé adiantou a marcação e passou a equilibrar o jogo. O Goyta tinha dificuldades na saída de bola.
Mas, empurrado pela torcida, o time voltou a controlar a partida. Aos 17 minutos, Douglas cabeceou com perigo. Aos 19, Luquinha foi travado na hora do chute final. Até que, aos 22 Luquinha marcou o primeiro gol.
Mas o Macaé estava vivo no jogo, buscando os contra-ataque, explorando os erros do Alvianil. Aos 42, após um cruzamento para a área e um intenso bate-rebate, Dilsinho pegou a sobra e empatou.
No segundo tempo, o temporal que caiu na cidade atrapalhou ambos os times. Em boa parte dos lances, o lamaçal mal permitia que os jogadores ficassem em pé. Se dava vem quem tivesse mais inteligência em jogar no campo pesado.
Aos 28 minutos, a torcida chegou a gritar gol, quando o goleiro Bambu saiu mal, Junior escorregou e a bola sobrou para Luquinha. Na hora do chute, Dilsinho chegou por trás e deu um bico na bola para escanteio.
Aos 31 minutos, o Goytacaz teve um pênalti a seu favor. Galhardo bateu, Bambu defendeu e no rebote, o volante finalizou, mas o arqueiro defendeu novamente.
Enquanto o Goyta insistia na busca do gol, o Macaé assustava nos contra-ataques. Como aos 44, num erro na saída de bola na zaga alvianil, que Jéferson aproveitou para bater firme e sem chances para Gláucio, decretando a permanência do Macaé na Seletiva e o rebaixamento do Goytacaz. O outro rebaixado é o America
Crise intensa no Goyta
A nova queda do Goytacaz resultou de série de medidas desastradas, verdadeira comédia de erros da diretoria e do investidor Flávio Trivella. A receita do sucesso inicial foi a contratação do técnico Paulo Henrique que montou um time competitivo e levou o time à Série A. Mas eis de repente, o experiente treinador é demitido de suas funções (com sua comissão técnica), ao mesmo tempo em que era relegado a um cargo decorativo de “coordenador”. Em seu lugar, os dirigentes apostaram em Athirson, um calouro na função.
A nova comissão técnica e alguns reforços de qualidade duvidosa inflaram a folha salarial. Houve divisões na alta cúpula e na própria comissão técnica com a chegada do gerente de futebol Flávio Lopes. Para complicar, boa parte das cotas de TV pela participação na Série A foram bloqueadas por dívidas trabalhistas. Os salários atrasaram. Era a receita do fracasso.
 
 

ÚLTIMAS NOTÍCIAS