As agências do Itaú do calçadão e da rua Santos Dumont, no Centro, abriram mais tarde nessa segunda-feira (18) por causa de um protesto do Sindicato dos Bancários de Campos e Região, contra demissões do banco. De acordo com o órgão, o horário de abertura dos dois locais foi atrasado em uma hora. A manifestação também foi realizada em agências de todo o Estado e a entidade não descarta a possibilidade de novas paralisações de um dia inteiro caso os cerca de 60 bancários demitidos não sejam reintegrados.

Segundo o presidente do sindicato, Rafanele Alves Pereira, o Itaú não tem necessidade de demitir funcionários por contenção de despesas.

— As agências, principalmente em Campos, estão com poucos funcionários e não vejo porque demitir. O banco Itaú é um dos que mais tem lucro e não justifica dispensa. Nós não vamos aceitar. Queremos a reintegração dos nossos colegas. Não vamos ficar calados — disse o presidente da entidade, ressaltando que os clientes do banco também não podem ser prejudicados por conta das demissões.

O protesto começou cedo com colagem de cartazes e colocação de faixas nas duas agências. O “caveirão” dos Bancários, carro de som do sindicato, permaneceu em frente à agência do calçadão, onde aconteceu um ato logo após a abertura. As falas dos dirigentes foram direcionadas à categoria e aos clientes, que também são prejudicados com a redução do número de funcionários.

— Esse protesto é para mostrar a nossa insatisfação com tudo que tem acontecido e principalmente sobre as demissões. Não vamos admitir que a nossa classe seja prejudicada — relatou Rafanele.

A equipe de reportagem entrou em contato com o banco do Itaú, via assessoria, para saber sobre as demissões e paralisação nos serviços, mas não obteve uma resposta até o fechamento desta edição.