Clarissa Garotinho é cotada como presidente estadual do Pros
- Atualizado em 17/02/2019 11:21
Os Garotinho e o Pros
O ex-governador Anthony Garotinho, de saída do PRP, insinuou em uma rede social que as conversas estão adiantadas com o diretório nacional do Pros e que ele vai “reestruturar o partido em todo Estado visando eleger o maior número de prefeitos e vereadores em 2020”. Para quem vive no meio político, a afirmação deu a entender que Garotinho, inelegível e preso três vezes nos últimos dois anos, voltaria a presidir um partido — fato que não ocorreu ao sair do PR para o PRP. Contudo, a presidência pode até ficar na família, mas não será com o patriarca. O nome mais cotado para comandar o diretório estadual é Clarissa Garotinho.
Motivos para escolha
Nos bastidores, os motivos apontados para escolha de Clarissa são dois. O primeiro, naturalmente, é o fato de ela ser a única filiada ao partido com mandato, já que foi reeleita como deputada federal. O outro é pelo temperamento do Garotinho. O nome da deputada é “mais leve” que o do pai, envolvido em muitos processos, algumas condenações e tantas outras polêmicas. Clarissa e o diretório nacional do Pros foram consultados durante toda a semana, mas não responderam aos questionamento da Folha.
E se o pai pedir?
O que ainda não está muito claro é se a deputada poderia abrir mão da presidência do partido, caso ocorra um pedido direto do pai. Em 2016, apesar de Clarissa ter feito campanha pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) nas redes sociais, ela tirou licença da Câmara às vésperas da sessão histórica que autorizou abertura do processo. Toda a mídia nacional divulgou, à época, que Garotinho negociou a ausência da filha, que contou como voto “favorável”, a Dilma. Em troca, poucos dias depois, foi consolidada a terceira venda do futuro de Campos.
Os Garotinho e Witzel
O jornal O Dia trouxe, na última semana, informações sobre a influência da família Garotinho na gestão de Wilson Witzel (PSC). Segunda a coluna “Informe”, o deputado federal Wladimir Garotinho (PRP), filho do ex-governador, estaria tentando emplacar nomes de alguns parentes de vereadores condenados na Chequinho em posições de destaque no governo estadual. Wladimir chegou a negar a veracidade das informações, mas não é a primeira vez que jornais da capital falam sobre a relação entre os Garotinho e Witzel.
Postura de Witzel
Quando começaram a circular informações que Clarissa Garotinho teria um cargo no Governo do Rio, Witzel utilizou as redes sociais para rechaçar o fato. Tenha ou não votado no atual governador, ficou claro que sua vitória foi pela vontade popular contrária ao sistema político do Estado, sobretudo no quesito de barganha de cargos. O eleitor do Witzel desde o primeiro turno, certamente, não gostaria de vê-lo aliado a Garotinho, o mesmo que outrora lançou Sérgio Cabral e Luiz Fernando Pezão, ambos do MDB e presos pela Lava Jato, para suceder a gestão de oito anos da sua família no Palácio Guanabara.
Leia a íntegra da coluna neste domingo (17) na Folha da Manhã.
 
 
 
 
 

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    Arnaldo Neto

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